sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A minha casa, será chamada "Casa de Oração"

Mateus 21.13; c/ref Is 56.7; Jr 7.11.
O Senhor Jesus, quando chama a atenção para o que estava acontecendo no templo; ele faz menção das escrituras de Isaias 56.7,...porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos; e Jeremias 7.11, Será esta casa, que me chama pelo meu nome, um covil de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu mesmo, vi isto, diz o Senhor. Ele faz a composição de um texto em Mateus 21.13 para definir o comportamento dos vendilhões no templo.
Expressamente ele disse: depois de tê-los expulsos do templo, derrubado suas mesas, e também as cadeiras dos que vendiam pombas; indicando o lugar santo, onde se adora a Deus, com a seguinte expressão: A minha casa será chamada Casa de Oração; e vós transformais em covil de ladrões e salteadores. O templo da Igreja não é lugar para fazer negócios, vender ou receber ou comprar alguma coisa; o templo da Igreja é para reuniões, onde Cristo está presente em cada um dos que ali vão, portanto deve ser respeitado sob pena de um dia ter que dar conta do seu comportamento inadequado no recinto da Igreja.
O artigo ou secção “Assembleia dos Irmãos” deverá ser fundido aqui. Se não concorda, discuta sobre a fusão deste artigo.
A Casa de Oração é um movimento cristão adenominacional. Possuem doutrina fundamentalista cristã e valorizam a autonomia da igreja local. Conhecidos como "Irmãos, Irmãos Unidos, Irmãos de Plymouth, Assembléias dos Irmãos", e no Brasil, "Casa de Oração" devido a placa colocada na maioria dos salões de reunião

Índice
• 1 História no Brasil
• 2 Doutrinas Básicas
• 3 Características Gerais
• 4 Referências
História no Brasil

A Igreja chegou ao Brasil em 1878 através do missionário inglês Richard Holden fixando no Rio de Janeiro. Holden inicialmente frequentou a Igreja Evangélica Fluminense, mas influenciado pelas as idéias do ministro e escritor britânico, John Nelson Darby, Começou a organizar igrejas seguindo estes princípios.
Anos mais tarde, em 1896 um outro missionário inglês, Stuart Edmund MacNair, plantou várias Igrejas em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Como foco, em 1901 teve início o trabalho dos Irmãos na região de Carangola-MG. Na seqüência histórica, em 1907 McNair vai para a Inglaterra, e depois se dispõe a evangelizar estudantes em Coimbra, Portugal. Em 1913, McNair volta para o Brasil e vai residir em Carangola, Minas Gerais. Ato contínuo, em 1914 foi inaugurada em Conceição de Carangola a primeira Casa de Oração construída especificamente para local de reunião dos irmãos. Essa igreja permanece em atividade até os dias de hoje, e ainda recebe assistência de uma missionária inglesa, Phyllis Mary Dunning, chegada em Conceição de Carangola no ano de 1967.
As igrejas possuem extrema autonomia local, são geridas por um corpo colegiado de ministros, os Presbíteros e os Diáconos No Brasil os diáconos também têm certa participação na liderança espiritual.

Doutrinas Básicas
1. A Bíblia é a Palavra inspirada por Deus, infalível, inerrante e suficiente (2 Pe 1:20-21).
2. Não há, nos dias de hoje, revelação extrabíblica que deva ser seguida como palavra normativa de Deus para os cristãos.
3. Creem na Trindade - Deus Pai, Filho e Espirito Santo, como um só Deus em três pessoas distintas, co-iguais e co-eternas.
4. Creem na concepção virginal do Senhor Jesus Cristo e no Seu sacrifício vicário sobre a Cruz como único meio de Salvação.
5. Creem na ressurreição, ascensão e exaltação de Cristo Jesus à direita do Pai, na sua iminente volta entre as nuvens para arrebatar os seus remidos e, posteriormente com eles, em poder e grande glória estabelecer o Seu reino milenar.
6. Creem na necessidade do "Nascer de novo" para a restauração da comunhão do homem caído com Deus,
7. Creem na condenação eterna dos pecadores impenitentes que negarem a Cristo, bem como na Salvação eterna de todo aquele que, arrependido, confesse a Cristo Jesus como Senhor e Salvador de sua vida.
8. Creem na ressurreição em glória dos salvos para a vida eterna e na ressurreição dos não remidos para a perdição eterna.

Características Gerais
Pelo fato de não possuir uma "Igreja-Sede", ou seja, uma igreja-modelo para todas as outras, a "Casa de Oração" não possui regras gerais impostas para todas as suas igrejas, o que dificulta uma caracterização como uma denominação. Práticas e costumes podem variar de uma congregação para outra.
1. A "Casa de Oração" é uma igreja de postura conservadora e tradicional; não há uma liturgia fixa para as reuniões, os pedidos de hinos e orações são livres, principalmente durante a Ceia do Senhor.
2. A exposição da Doutrina e da Pregação do Evangelho, assim como os cargos de direção e organização (Presbitério e Diaconato) são de responsabilidade exclusiva dos varões da igreja, (tomam por base o ensinamento do Apóstolo Paulo em 1ª Coríntios 14:34 e 1ª Timóteo 2: 11-14).
3. A maioria de suas congregações (nem todas) são adeptas ao uso do véu pelas mulheres, segundo o ensino de Paulo em 1ª Coríntios 11: 6-10.
4. Possuem uma coletânea de hinos sacros, o Hinário, chamado "Hinos e Cânticos", que é usado em especial na Ceia do Senhor e também nas reuniões em geral.
5. São adeptos de canções contemporâneas, desde que as letras sejam devidamente analisadas e os ritmos musicais não sejam irreverentes.
6. Partem do princípio que a Adoração deve ser prestada a Deus "Em espírito e em Verdade", num culto racional (Romanos 12.1,2 e I Coríntios 14.15).
7. Praticam o Batismo por imersão e por aspersão.
8. Realizam a Santa Ceia todo o primeiro dia da semana para os membros em comunhão com Cristo e com suas igrejas locais.
9. Não se envolvem em questões políticas, nem apoiam candidatos cristãos, seguindo as palavras expressas de Jesus Cristo: "Não sou deste Mundo" (João 17).
10. As Igrejas não tem um "Pastor" assalariado para visitar e fazer as pregações. O pastoreio é feito por um grupo de presbíteros. Todo trabalho feito é voluntário, todo trabalho deve ser feito somente pelo amor e desejo de servir ao Senhor. Baseiam toda a obra nas mensagens bíblicas como Mt21:13, Mt22:18 ao 40.
Cremos que o Senhor Jesus não foi apenas um grande Humanista, Mestre ou Profeta. Ele é Deus. Mas humilhou-se e tornando-se homem, viveu sem qualquer pecado e entregou-se voluntariamente à morte, na cruz do Calvário, como única forma de expiação e remição dos pecados de todos os seres humanos, mas não ficou no sepulcro. Ao terceiro dia ressuscitou e, após ter convivido com os discípulos, tendo falado e sido visto por mais de quinhentas pessoas, ascendeu ao Céu, onde atualmente está, sentado à direita de Deus-Pai. Por isso, todo aquele que nEle crer, será salvo, isto é, tem a vida eterna (S. João 5:24 e 3:16). A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no Seu Nome (S. João 1:12). É exatamente a estes que assim crêem, que a Bíblia chama de cristãos ou irmãos.

Os Irmãos são uma religião ou denominação?
Não, de forma alguma.
Embora sejam conhecidos por "evangélicos" (por crerem e anunciarem o evangelho do Senhor Jesus Cristo), congregando-se em Assembléias ou Congregações locais que são conhecidas por "Igrejas Evangélicas de Irmãos" ou "Casa de Oração", tal designação é meramente indicadora.
Na verdade, nos chamem de "Irmãos", porém, rejeitamos esta imputação como categoria ou classificação religiosa ou denominacional.
Lemos na Bíblia que os cristãos, no século I, estavam juntos (Actos 2:41-47) e naquele tempo não havia denominações, nem havia necessidade delas, pois todos estavam juntos. Em cada localidade, eram conhecidos por discípulos, santos, irmãos ou cristãos, precisamente porque procuravam estar em comunhão e reuniam-se regularmente. A única distinção entre as Igrejas do I século era unicamente geográfica. Lemos na Bíblia, por exemplo, da Igreja de Deus que "estava em Corinto" (I Cor. 1:2), "dos tessalonicenses" (da cidade de Tessalónica, I Tess. 1:1) e ainda de outras "igrejas" (congregações locais), que eram conhecidas pela localidade em que estavam implantadas (cfr. as sete igrejas do Apocalipse, capítulos 2 e 3).
Por esta razão não aceitamos uma denominação para nos distinguir de outros cristãos. Cremos que o modelo bíblico ainda é válido. Aceitar uma denominação é um desvio daquele modelo. Somos, portanto, de acordo com o preceito bíblico, irmãos unidos na fé e no testemunho do Senhor Jesus Cristo, tendo por única regra de fé e de prática, a Bíblia Sagrada, rejeitando a existência de quaisquer ordenações clericais humanas que, ao abrigo da tradição ou de preceitos humanos, tenham autoridade para interferir na fé que uma vez foi dada aos que crêem, pelo Senhor Jesus Cristo, pelos apóstolos e pela Palavra de Deus. Como irmãos, não há ninguém superior ou inferior, sendo todos iguais perante o Senhor Jesus Cristo, segundo a Bíblia Sagrada, cujos preceitos devem ser observados, não como um ritual ou uma obrigação vinculística, mas na alegria de O servir com a liberdade com que Cristo nos libertou.

Autor:Maximiano,Gercino de Araújo

Referencias
. Introdução ao protestantismo no Brasil. 1990 - Mendonça, Antônio Gouvêa. Velasques Filho
História do culto protestante no Brasil. 1989 - Hahn, Carl Joseph
História documental do protestantismo no Brasil. 1984 - Reily, Duncan Alexander..
Site, assembléia dos Irmãos