INTRODUÇÃO - Este dia foi deveras,
marcante. Era a última Páscoa do Senhor com os seus discípulos. Tudo estava
preparado antecipadamente naquele cenáculo memorável, até mesmo o acordo entre
Judas Iscarote e os judeus para que o falso discípulo entregasse o Senhor Jesus
Cristo. Judas outra vez presente, mas só aguardava a oportunidade de fazer o
mal. Lavar os pés era trabalho de servo na cultura judaica, e tal prática era
comum entre os judeus como vemos na fala de Jesus Cristo em Luca 7:44. A mesa
representa um lugar de comunhão, mas havia ali um traidor, que comia do mesmo
pão, mesmo sem ter comunhão.
O Ápice do Plano de Redenção – Desde a queda do
homem, Deus se propõe resgatá-lo da condenação eterna. Através de um plano
perfeito que se desenrola através dos séculos, vemos claramente a execução
desse plano na Bíblia Sagrada em especial pelos ensinos proféticos, como em
Isaias 53, por exemplo. Mas o início de sua execução na prática se da com o
nascimento do Salvador, Jesus Cristo, e os atos marcantes de todo o plano de
redenção – seu sofrimento, morte e ressurreição – começaram com a celebração da
Páscoa, cujo o cordeiro usado apontava para o próprio Cristo.
À Mesa, Mas Fora Da Comunhão – Da parte de Cristo
nunca faltou iniciativa para uma boa comunhão do Judas. Fazia parte dos doze,
era tesoureiro, participou dos seus milagres e foi socorrido com os demais
quando em aflição se encontraram. Também foi convidado para última Páscoa, e
até teve seus pés lavados pelo Mestre. Um coração cheio de Satanás (v2) pode
andar mais perto dos santos do que se pode imaginar. Não é o fato de estar à
mesa com os demais, que nos faz sermos crentes verdadeiros, mas é a comunhão com
o Senhor, que e nos faz aptos para nos
sentarmos à mesa. Infelizmente muitos hoje vivem em circunstâncias semelhantes à de Judas, corporalmente perto
do Senhor e de sua amada igreja, mas o coração (mente)
está longe do Salvador. Um dia o Noivo virá para levar a noiva (igreja – Os
salvos em Cristo Jesus). Após este evento espiritual será tarde demais para
aqueles que não fazem parte do corpo de Cristo, pois desprezaram o Cordeiro do Deus.
A Humildade de Jesus – Sendo Senhor e
Mestre lavou os pés dos discípulos, mas Ele é Eterno, criador, Senhor,
absoluto. Contudo a cena de lavar a pés dos discípulos nos revela seu espírito
condescendente. A objeção de Pedro â lavagens de seus pés faz sentido, pois se
esperava de Judas tal ato, considerando a intenção que traz na alma, no entanto
o espírito teatral de Judas lhe foi conveniente por hora, pois só buscava a
oportunidade de entregar a Cristo, e mesmo assim, Cristo lhe lavou os pés. E
bem verdade que Judas precisava ter o coração lavado, os seus pés limpos, nada
lhe adiantou.
Ensinamento (v10) “todo limpo” é
uma referência a regeneração que é feita uma vez por todas, para nunca mais se
repetir (Tito 3:50) mas a lavagens dos pés continua sendo necessária
continuamente. Este vive querendo nos contaminar, remover as impurezas a luz
das Escrituras se faz necessária diariamente, fica claro neste episódio que
lavar os pés e ter o coração contaminado não resolve nada, mas ter coração
limpo e pés repetidamente lavados; é necessário.
“Vós
Estais Limpos, Mas Não Todos” – Os “religiosos nominais” não são exclusividade
da nossa era, ou seja, do nosso tempo. Cristo sofreu os males da sua companhia,
a Igreja sofre os males dos crentes nominais, pois eles depõem contra a Igreja
de Cristo.
Conclusão
–
Lavar os pés é necessário, mas lavar o resto do corpo é vital. Ser humilde é necessário,
mas só se for de coração. Ser sábio é muito bom, na Escrituras. Ser rico é
ótimo, mas para Deus. Ser trabalhador é nobre, principalmente no reino de Deus.
Pescadores de almas é sábio.
Fonte:
Revista da EBD
Igreja dos Irmãos – Casa de Oração
Gercino
27/05/2024 – Laguna SC
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