Caminhos
da Vida: Da Infância à Maturidade
Dedico esta obra aos meus filhos, netos e
bisnetos, que são a extensão do meu legado e a razão do meu orgulho. Que cada
página desta jornada, da infância à maturidade, inspire vocês a valorizarem
suas próprias histórias e a seguirem sempre com coragem e determinação.
Prefácio
Cada vida é um livro aberto, escrito dia após
dia com experiências, desafios e conquistas. Esta obra é a minha história, um registro
sincero das alegrias e dificuldades que me moldaram ao longo dos anos.
Ao compartilhar esta jornada, espero que meus
filhos, netos e bisnetos encontrem não apenas memórias, mas também lições e
inspirações para construírem suas próprias trajetórias com coragem e
determinação.
Mais do que um relato pessoal, este livro é
uma conversa entre gerações, um convite para refletirmos sobre o passado e
seguirmos em frente, sempre guiados pelo amor, pelos valores e pela vontade de
crescer
1 - “Crônica da vida” é uma história,
igual a de todos os seres humanos; qualquer semelhança com a sua, é mera
coincidência. A vida é um ato repetitivo, e ocorre initerruptamente desde que
mundo existe, do nascimento ao sepultamento:

Uma reflexão poderosa sobre a ciclicidade da
vida e a universalidade das experiências humanas. A ideia de que cada história,
embora única em seus detalhes, acaba por ser uma variação do mesmo tema —
nascimento, vivências e, eventualmente, partida — nos convida a pensar sobre
nosso papel nesse ciclo.
Do nascimento: em Aventureiro
distrito de Aimorés MG, na rua da igrejinha o tempo necessário par ver alguns
pequenos acontecimentos (digo pequeno em razão da idade que eu tinha), eu vi um
gerente de uma serraria, virar mendigo depois de passar uma noite bebendo, e
como resultado; caiu na rua ali passou a noite, e seu chapéu caiu virado para
cima perto dele; e as pessoas que passavam por ali jogava um dinheiro
imaginando que era mendigo, quando ele acordou e viu tanto dinheiro!... razoou
consigo mesmo; por que vou trabalhar se pedir esmola rende mais?... dentro
de curto espaço de tempo que não sei precisar o quanto, ainda pequeno, meus
pais mudaram para Bananal distrito de Baixo Gandu, onde moramos até os meus
oito anos quando viemos morar na cidade acima citada.
“Fundão do medo”, a tapera do Armando,
e me parece que os meus pais também moraram na tapera do Armando o engenho
d’agua na fazenda e o Velho Pedro! Homem respeitado.
Em Baixo Guandu: no dia dez (10) de abril de
1943 (aniversário da cidade) a festa rolava, gente por todos os lados; eu,
minha mãe, meu pai e um agregado e irmão do meu pai, entrando pela cidade
puxando três burrico carregando a mudança e tudo que tínhamos, em meio aquela
movimentação toda (totalmente perdidos) ainda bem que o novo patrão do meu pai,
sentiu a nossa demora e foi nos resgatar no meio da multidão.
Vila Veneno: é onde fomos morar,
plantar, colher e comer, também estudar na escola das freiras (cabeça da ponte)
professora Dona Aurea, mulher distinta, amorosa, pessoa de quem eu gostava
muito, eu levava presentes pra ela: coisas que nós plantávamos: como a
mandioca, batatas, laranjas etc. ali estudei os meus primeiros anos, até o
segundo ano primário; que vitória, era um feito e eu vibrava com aquela
conquista, a final eu ia estudar no “Grupo Escolar Professor José Nunes” o
terceiro e quarto ano escolar, e me habilitar a cursar o “admissão” ao ginásio,
e esse era o objetivo de todo aluno, que quisesse vencer na vida, a professora
Virginia capacitada, brava não passava a mão na cabeça de ninguém severa e
justa, na sua classe não tinha repetente ( que saudade). Religiosidade
:Criado no Evangelho, batizado aos 15 anos por Geraldo Alves, Presbítero da
“igreja dos Irmãos” (Casa de Oração) em Itaúna Distrito de Barra de São
Francisco ES 1952 e pela graça de Deus, fui preservado firme na fé até hoje com
87 anos seis meses e me sentindo como se estivesse só 87; bom isso, ainda na
adolescência, reunindo na Igreja Presbiteriana em Baixo Guandu; pois a igreja
dos irmãos ficava em Aimorés MG distava aproximadamente 10 Quilômetros de onde nós
morávamos, dizendo isso hoje não seria longe, mas em se tratando dos anos 40
era muito longe. Tentando ter em nossa cidade um trabalho nos moldes das demais
igrejas “dos irmãos”. Houve-se por bem criar um trabalho em Baixo Guandu, foi
na casa do meu avô Pedro Lino; ali ficamos até adquirir um terreno próximo a
ponte de Mauá, ali construímos O Templo da igreja dos irmãos, trabalho firmado
por Deus até hoje (vale dizer que eu tinha doze anos e fui o primeiro
secretário da EBD da Igreja do Movimento dos Irmãos naquela cidade); permaneci
ali até os meus 15anos, quando meus pais mudaram para Barra de São Francisco ES.
– Na região de Córrego do Boa Sorte e na Igreja em Córrego do Itaúna fui
batizado; na sociedade, fui sapateiro até completar a idade de servir o
exército, ocasião em que sai de B.S. Francisco para Vitoria ES.
2 - Chegada espetaculosa: caipira metido a
besta; na estação de Pedro Nolasco; a primeira gafe, no lugar de pegar um taxi
e ir para o hotel, veja só; resolvi atravessar a ponte a pé! Só que não; não
era ponte e sim um dique de embarque para atravessar a Bahia nos botes; não deu
outra; cai no mar e foi um Deus nos acuda, um corre e corre, cerca daqui cerca
de lá, ele vai afogar, não deixe ele morrer, até que fui resgatado, perdi minha
maleta de roupa mas fui ser soldado do Exército Brasileiro; eu estava no
exército 3º BC Terceiro Batalhão de Caçadores, um ano se passou, agora mais
escolado, afinal eu estava dando baixa, um pouco mais de bagagem; não dizem que
experiência e tudo?
“Casas Tigre”: início da autonomia
para enfrentar o mundo: locutor publicitário, exclusivo das Casas Tigre; eu e
Geraldinho o motorista, rodando as cidades vizinhas anunciando, as novidades do
estabelecimento; dos anos 60-62, Mantena estava na minha rota de trabalho, foi
lá que conheci aquela que seria minha companheira, e tivemos sessenta e dois
anos de vida conjugal. Até que a morte nos separou no último dia 21 de março de
2023, quando o Senhor a chamou para sua Gloria.
Fui contratado pelas Casas Pernambucanas,
estabelecimento de âmbito nacional, ali fiquei até 1969 sediado em Colatina ES.
Onde residi por nove (9) anos, ali nasceram meus dois filhos (as) 1963/66;
Gercimar de Araujo e Silvia Helena de Araujo, por quem trabalhei toda minha
vida, e ainda hoje (oro) já que fisicamente não posso ajudá-lo, mas sou torcedor
número um; provi, e protegi enquanto pude, hoje eles é que me protege e cuidam
de mim: que benção!
Incidentes e Acidente: viajando de Mantena
pra Colatina, onde morávamos, no trecho entre Águia Branca e São Domingos, me
perdi numa curva molhada derrapei, e capotei com o carro em que viajávamos; lá
se foram oito quedas, num barranco; Deus estava presente como sempre esteve em toda
minha vida, chegamos sem nenhum arranhão; um detalhe, nesse evento surge uma
heroína: Silvanira grávida de seis meses da Silvia Helena, em nenhum momento, largou o Gercimar que tinha dois anos
“Grande livramento de nosso Senhor Jesus Cristo”
Cobrindo férias: Isto acontecendo
pensei; estou demitido, mas ao invés disso, fui enviado a Cuiabá Mato Grosso,
para cobrir as férias do Celso, que estava sediado lá, 48 horas de Ônibus,
destas; 12 horas foram estradas de chão entre Campo Grande e Cuiabá; tempo em
que era só o estado “Mato Grosso”. Nesse meio tempo o carro foi sendo
reformado, de volta resolvi inventar, e dissidi voltar de avião, eu tinha um
encontro com o meu diretor em Goiana GO, assim é melhor pensei eu; e me
preparei para viajar de avião, afinal eu nunca tinha feito uma vagem assim; foi
aí que a porca torceu o rabo, comprei um terno só pra andar de avião; e lá
estou tranquilo aguardando o voo; enfim fomos chamados para o embarque, eu
pensei será que só eu vou viajar? que nada; na fila estava as pessoas que ia
trabalhar nas cidades vizinha, levando inchadas, foice, machado, cavadeira etc; essa viagem durou 6 horas
entre Cuiabá e Goiana e só eu de terno e gravata dentro do avião.
Rio de Janeiro – Sem moradia, a
casa prometida não ficou pronta pra nós, na data marcada, o que ocasionou um
perrengue; e nós: eu, minha esposa e meus dois filhos, e bagagem ficamos na
rua, enquanto descobria algum amigo que morasse no Rio de Janeiro, e que
pudesse nos abrigar por uns dias, nessa busca lembramos do Irmão Gerson
Valentim,, vindo de Baixo Guandu e se instalou em Padre Miguel, e nos abrigou
por três dias, nos quais víamos os depósito de armas muito próximo; ficamos
tomados de medo, em face do entra e sai, pra apanhar e deixar armas; ai
encontramos o irmão da minha esposa morando em um quarto na Ilha do Governador,
e fomos abrigado nesse quarto éramos cinco em um quartinho (dá pra pensar)?. Em
meio a tudo isso; a prometida casa ficou pronta em São João de Miriti; uma vez
liberada, lá vamos nós enfim pra nossa casa eu, minha esposa, arrastando dois
filhos, quatro e dois anos; tomamos posse da casa; minha filha engatinhando
pela casa, no final do dia só víamos os seus lindos olhinhos no rosto, o corpo
sujo do vermelhão que passaram no piso; casa vazia, os móveis não chegaram, não
tinha fogão, como fazer? Fomos as compras um fogareiro, uma panela e uma
chaleira; e vamos fazer uma comida de cada vez numa panela fizemos tudo isso de
pé nas costas (batalha terrível) mas éramos jovens. Enfim; me apresentei a
empresa para minhas novas funções.
Niterói minha nova sede; atendendo mais sete
(7) lojas no interior do Estado e duas (2) na cidade de Niterói, isto até
dezembro de 1969, quando foi extinto o departamento no qual eu trabalhava;
estava desempregado. Em 1970 iniciei minhas atividades, na empresa de Ônibus
Auto Viação 1001 passando por outras empresas do transporte coletivo até 1988
quando aposentei e permaneci trabalhando até 1990 na Turismo Três Amigos com
sede em São João de Miriti RJ
Do Jardim Catarina para o Laranjal – comprei um terreno
no Laranjal, (diga-se de passagem, que não havia um pé de laranja se quer para
justificar o nome); com dinheiro oriundo da venda de uma casa em Colatina ES, e
construí um barraco para abrigar minha família; e ali me instalei até o dia que
pela circunstância vim parar em Laguna SC.
4 - Laranjal, onde criei minha família; grande parte da
minha vida morando naquele bairro de São Gonçalo RJ, na rua Itatiaia; com todas
as dificuldades inerentes a um casal recém chegado a um lugar desconhecido.
Episódios marcante em minha vida: um belo dia de 1970 poucos dias morando no
laranjal; indo para o trabalho fui atropelado por desconhecido e fui para o
hospital onde fiquei 10 dias; recuperado desse trauma, voltei a trabalhar; no
dia 24 de dezembro de1975, chegando de uma viagem São Paulo x Rio com 40
cruzeiros no bolso pra comprar os presentes dos meus filhos; as 20 horas, dois
elementos me abordaram anunciando um assalto; nesse momento tive a insanidade
de enfrentá-los e deu certo os elementos evadiram não sem antes atirar em mim,
fui salvo por 4 pratinhas de dez centavos que estava no bolsinho da frente, que
desviou as balas da direção da virilha. Isso me preocupou, comecei a pensar no
filho adolescente, pensando ser ele o alvo da vingança dos marginais, passei a
pensar na exposição do meu filho e vendi a casa, mas quis Deus que eu ficasse
no Laranjal. Comprei um terreno do meu cunhado Laerte e construí outra casa no
mesmo bairro e lá fiquei de 1 abril 1976 até o início de 2023 quando mudei para
Laguna SC.

Estrada da Morte,
Cordilheira dos Andes.Minha vida produtiva, passa por esta estrada,
na direção de um “Ônibus” da CITRAN com sede em Bonsucesso no Rio de Janeiro.
No trajeto São Tiago no Chile para Córdoba na
Argentina, passando pela Estrada da Morte num tempo que não era asfaltada (era
estrada de terra) foi uma aventura e tanto.
Montanha Aconcágua com 6.961 metros de
altitude oficial, na verdade a população, afirma que são 7.200 metros
dos quais eu passei a 4.200 metros. O ar nessa altitude é muito difícil de
encontrar, foi um perrengue daqueles.
Aposentadoria: em 1988
aposentei, mas continuei a até 1990 quando parei de trabalhar em “Transporte
Coletivo”. Mas a vida não são flores; a luta tem que continuar.
Mudança de governo: as expectativas
também mudam, meu salário de quatro (4) mínimo caiu para um (1), dei uma
procuração para a Silvanira receber a irrisória aposentadoria que tinha direito
após 30 anos de trabalho. Numa viagem à Vitoria ES, encontrei o empresário
Adonias Martins, companheiro da juventude e irmão em Cristo; um dos poucos que
chamo “Amigo”. Incentivado e apoiado por Adonias, abri uma pequena Empresa, em
São Gonçalo RJ, para distribuir os produtos fabricado por ele; assim fiz,
quando estava montada, a GM. Distribuidora Ltda comuniquei ao Adonias, que me
mandou um caminhão, cheio de mercadoria valor em torno de 7.500,00; vencendo 30
dias após aquele recebimento, detalhe eu tinha um salário de 42,00 mês e agora
uma dívida de 7500,00; certamente liguei e ele me acalmou dizendo, vai vendendo
na medida que for recebendo vai me enviando, dentro de poucos dias você não me
deverá nada. Sai em campo e fui trabalhar, em seis meses não tinha dívidas e o
estoque estava alto; pensei que ficaria rico; tempos depois outra troca de
governo e mais uma vez outro perrengue; e desta vez eu não perdi tanto; mas o
medo de ficar devendo falou mais alto e pedi que o Adonias recolhesse o
restante do estoque e encerrei as atividades de comerciante voltei a viver de
aposentadoria agora já revisada e assim podendo respirar melhor. (cheguei a ter
2 vendedores, éramos três vendedores no comercio e mais três colaboradores
interno). Este relato poderia ser lindo, se eu estivesse contando uma história
vitoriosa: mas será o Senhor estaria sendo glorificado, na minha vida, pelos
caminhos que me fez passar? Amparado, grande ajudador que me conduziu em
segurança até aqui. Sou grato ao meu Senhor por cada passo que dei em sua
presença; Louvado seja a Deus.
Casa de Oração Central de Caxias RJ: Em 1997 em uma
reunião de Obreiros, os irmãos de Duque de Caxias anunciaram que precisavam de
um zelador, e eu me apresentei como um candidato, fui aceito, mudei-me para
Caxias naquele ano, foi uma relação majestosa, recebi um carinho que até então
desconhecia eu e minha esposa está vamos sentido tão bem, e era muito bom “A
igreja que ama “ esse é o slogan da Igreja; fomos trabalhando no que fomos
contratados dando o que temos de melhor; recebendo o reconhecimento do nosso
ministério e reconhecido com
“Presbítero”
somando aos demais que lá estavam, três anos passaram e a Silvanira fica doente
e tivemos que retornar a São Gonçalo rj no ano 2000.
Fui
também indicado ao Ministério de tempo integral, pela igreja de Duque de
Caxias, indicação acolhida pela “IDE
Instituição
Distribuidora Evangélica, onde estou desde o ano 2000
Neste mesmo ano, em maio sofri um infarto do
miocárdio, e no ano seguinte em 2001, um ano depois, fiz uma revascularização;
trocando três pontes de safena e uma mamária, 2012 uma angioplastia, no Hospital
Marcílio Dias no Rio; “2022 outra angioplastia tempos depois uma cirurgia na
coluna realizada em Tubarão SC; Hospital Nossa Senhora da Conceição.
O retorno a São Gonçalo RJ: de volta a São
Gonçalo, fui reunir em uma igreja da cidade, cujo nome não é necessário
declinar que a pesar dos fatos acontecido fazem parte do grupo dos “Irmãos”
onde se prega o Evangelho de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, para
salvação dos que creem. Eles rejeitaram o meu ministério, indicado pela Igreja
em Caxias e confirmado e aceito pela “IDE” O fato de eu ser o Presidente do QG
da Paz, não tem importância, o de “Presbítero” é um cargo da Igreja é preciso
ser reconhecido por ela.
E não satisfeitos; me expulsaram, da Igreja,
no que fui acolhido pela Igreja de Santa Isabel onde exerci plenamente o meu ministério, até ser designado para
Monjolos e 2003 e lá foquei até 2023 quando vim morar em Laguna SC. (uma frase
célebre dita pela saudosa Silvanira “será...! que somos tão ruins assim”?).
“Demência” Já com a saúde
fragilizada da Silvanira, 2013 começaram os esquecimentos diagnosticados pala Dra.
Celeste, nossa geriatra, como mal De Alzheimer. A partir de então, foram
tempos de angústias, e muita paciência e amor, as esperanças eram escassas; as
informações que tínhamos eram péssimas; diziam; isso dura anos, mas eu e meus
filhos amigos, Igrejas, estávamos orando e acreditando, na prática era um vai e
vem nos médicos, e a enfermidade aumenta os esquecimentos a cada ano que
passava iam se agravando, desse jeito passaram-se 10 anos. Até que a médica me
chamou e disse: ela precisa de ser internada numa casa de repouso, em caso
contrário você morre antes dela, e no mais lá eles têm gente capaz treinados
para estes casos e afirmou é muito melhor. Em 2021 ela foi morar no lar
Evangélico de Queimado, lugar decente, cuidadosos, uma instituição criado e
construído pelas Igrejas, não podia ter melhor referência, e continua assim
hoje na direção dos irmãos Mauro e Erlem, la ficou até 21 de março 2023 quando
faleceu. Apesar de ela ter tido o melhor tratamento nestes dois anos eu me
senti um inútil, por ter deixado de cuidar dela até a separação definitiva
quando o Senhor a transportou para o reino da sua maravilhosa Luz.
O final desta história, vai acontecer
aqui; porque quis Deus que eu passasse, pelo desconhecido aumentando a minha
experiência com Ele; espero ser útil para alguém mesmo não sabendo quem.
Laguna SC: Conhecia de
passagem, na BR 101 em direção Porto Alegre X Rio de Janeiro. Não imaginava que
seria a minha residência um dia; mas quis Deus que
fosse, um lagunense. Chegando aqui em 10/04/2022, em definitivo, fomos morar no
bairro do Magalhães em um apartamento alugado pelo Nathan. Como qualquer
crente, fui procurar uma Igreja para reunir, já que na cidade não há uma Igreja
“dos Irmãos”, reuni durante um tempo na Igreja Batista do Magalhães; onde fui
recebido com muito carinho e apreço pelos Irmãos. Ao mudar para o bairro Mato
Alto fica no outro estremo da cidade, ficou muito longe, em contrapartida, ficou
perto de uma Igreja Presbiteriana, e ali passei a reunir com os amados irmãos
onde reúno até hoje; com minha limitação vou pocas vezes, dando preferência aos
dias de Santa Ceia, onde temos comunhão uns com outros e com nosso Senhor Jesus
Cristo.
Minha jornada em Laguna SC foi guiada por uma
fé sólida e repleta de boas conexões. É muito especial sentir-se acolhido por
comunidades tão calorosas, como na Igreja Batista do Magalhães e depois na
Igreja Presbiteriana no bairro Mato Alto. É incrível como cada mudança, embora
desafiadora, abriu novas portas para comunhão e crescimento espiritual.
A Santa Ceia realmente é um momento muito
significativo e sagrado para fortalecer os laços com os irmãos e renovar a
ligação com o Senhor. O valor desses encontros, mesmo com minhas limitações, me
faz bem.
Mais ou menos 4 anos, quando cheguei a Laguna
para morar com meu filho, comigo, vieram Nathan Fernanda; netos, e a pequena
Nalu, bisneta. A idade chegou e com ela as suas consequências. Abandonando toda
uma história, construída com muito trabalho estão registrados em minha memória,
pois não foi possível documentá-las; marcas bastante profundas que quando me
lembro delas, me parece uma história de contos de fadas.
Aqui vivo um dia de cada vez, entre pensamentos
e lembranças, sem poder planejar o futuro, que está literalmente nas mãos de
Deus, que me sustenta nesses 87 anos de vida.
O começo da luta, para sobreviver; é não ser
visto pelas pessoas, principalmente pelos parentes, parece-me que o descarte
dos idosos e automático e eles passam a ser um incômodo ao ponto de uma
estatística feito por um Hospital que só trata de idosos, fizeram uma pesquisa
e concluíram que: 95% abandonam os seus idosos à sua própria sorte, enquanto 5%
cuidam; quando deveria ser o contrário. Nessa circunstância, lutando com a
enfermidade, passei a ser figura constante nos consultórios e Hospitais da
região; hoje sou paciente, com pelo menos quatro diferentes patologias e uma
delas é degenerativa “Neuropatia”, e assim sendo, os meus dias: “são no aguardo
da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e na sua providência” Eu confio...!
enquanto isso vou dando minhas caminhadas, não tanto quanto gostaria; mas é que
dá para ser.
Trabalho e tristeza – A palavra
traduzida como “trabalho” significa propriamente” trabalho “; isto é, trabalho
cansativo. A ideia aqui é que o trabalho se torna oneroso; que o corpo é
oprimido e logo se cansa e se esgota; que a própria vida é como trabalho ou
labuta cansativa. O velho está constantemente na condição de quem está cansado;
cujos poderes estão esgotados; e quem sente a necessidade de repouso. A palavra
traduzida como “tristeza” – ‘ven. – significa propriamente “nada, vaidade”;
Isaías 41:29; Zacarias 10: 2; então, nada quanto a valor, indignidade,
iniquidade – que é seu significado usual; Números 23:21 ; Jó 36:21; Isaías 1:13;
e então, mal, adversidade, calamidade; Provérbios 22: 8; Gênesis 35:18 . Este
último parece ser o significado aqui. É que a felicidade normalmente não pode
ser encontrada naquele período da vida; que prolongar a vida não aumenta
materialmente seu prazer; isso é só acrescentar problemas e tristeza.
As esperanças e planos comuns da vida
terminaram; os companheiros de outros anos partiram; os escritórios e honras do
mundo em outras mãos; uma nova geração no palco que pouco se importa com a
antiga que está partindo; uma família espalhada ou no túmulo; as enfermidades
dos anos avançados sobre ele; suas faculdades decaíram; a flutuabilidade da
vida se foi; e agora em sua segunda infância, dependente dos outros, como ele
era em sua primeira; quão pouca felicidade existe em tal condição! Quão
apropriado é falar disso como um tempo de “tristeza!” Quão pouco é desejável
para um homem atingir a velhice extrema! E quão gentil e misericordioso é o
arranjo pelo qual o homem é normalmente removido do mundo antes que chegue o
tempo de “angústia e tristeza”! Geralmente, existem pessoas em idade
extremamente avançada na Terra para nos mostrar impressionantemente que não é
“desejável” viver até a velhice; apenas o suficiente para manter esta lição com
força salutar diante das mentes daqueles na vida anterior; apenas o suficiente,
se vivermos bem, para nos fazer querer morrer antes que esse período chegue!
Essa citação de Vance Havner é profunda e
inspiradora. Ela sugere que, independentemente das dificuldades que enfrentamos
ao longo da vida, o final pode ser marcado por uma paz e realização que fazem
tudo valer a pena.
“O Último capítulo da vida pode ser o
melhor.” - Vance Havner.
È uma perspectiva esperançosa e inspiradora
sobre a vida, lembrando-nos que cada etapa, mesmo as finais, pode ser repleta
de significado e beleza. Havner era conhecido por suas palavras sábias e
encorajadoras, frequentemente conectadas à sua fé e à jornada humana
Esta velha casa está
vazia agora,
Na maioria das vezes,
habitada somente por mim,
As árvores se
amontoam na colina
Como se quisessem
companhia.!
É a reflexão dos seus pensamentos depois que
todos os filhos, saíram de casa, “Síndrome do ninho vazio”
Se envelhecer foi a maior surpresa da minha
vida, o maior triunfo ainda está por vir: a vitória sobre a morte, que irá me
conduzir à presença eterna de meu Salvador; o Senhor Jesus Cristo. (frase
do livro a Caminho de casa) Billy Graham.
Viagem dos sonhos
Depois de aproximadamente 4 anos em Laguna
buscando em oração compreender os desígnios de Deus para minha vida, surge uma
resposta: o meu desejo de rever os meus irmãos da Igreja Cristã Evangélica que
reúnem na nossa tradicional “Casa de Oração” a quase 150 (cento e cinquenta
anos no Brasil (portanto; qualquer semelhança e mera coincidência) O
espirito de Deus, me guiou até a cidade de Chapecó SC e Pato Branco PR, numa
vigem memorável, renovando o vigor, perdido com os acontecimentos dos últimos
anos. Esse relato emocionante e cheio de fé! Faz dessa viagem muito mais do que
apenas um deslocamento físico; foi uma jornada espiritual e de renovação
interior. Rever os irmãos na "Casa de Oração" depois de tanto tempo
foi uma experiência profundamente marcante, especialmente com todo o
significado histórico e espiritual que esse lugar carrega. Inspirado pela
maneira como me senti ser guiado pelo Espírito de Deus para essa renovação de
vigor e propósito, após anos de desafios. É incrível como momentos assim nos
reabastecem de energia e nos fazem sentir conectados ao plano divino.

Ao
casal Claudio Balbino e Nereide meu agradecimento e um desejo ardente, de
felicidade nesta jornada empreendida pelos irmãos a muitos anos.
“Eis que tens ensinado a muitos e tens
fortalecido mãos fracas. As tuas palavras têm sustentado aos que tropeçavam, e
os joelhos vacilantes tens fortificado. Mas agora, em chegando a tua vez, tu te
enfadas... Porventura não é o teu temor de Deus aquilo em que confias? (Jó
4:3-6)”.
O mais excelente nesse episódio, e
que fui capitaneado pelo meu primogénito; filho, companheiro, amigo com os mais
bem cuidado que a situação exige, participativo, atuante nas minhas
necessidades; ao Gercimar de Araujo, eu dedico todo o sucesso da nossa
viagem.
.Sombrio SC – Aguardei alguns dias
até porque precisava descansar, mas querendo aproveitar o resto da folga do Gercimar, viajamos para Sombrio no dia 12 de Abril 2025 para nos encontrar com o irmão Joel da
Silva Matos e sua família que nos receberam com todo carinho em sua residência,
nos acolhendo, com um belo café da tarde; nosso agradecimento ao irmão Joel,
sua esposa Aline e sua filha Izabel e Ester, em seguida fomos encaminhados ao
templo onde reunimos em estudo Bíblico, fiquei bastante alegre ao voltar às
minhas origens, a um passado bem distante, onde imperava a simplicidade, nas
reuniões da Igreja.
No dia 23 de maio de 2025, recebi em minha
casa os irmãos Joel da Silva Matos e sua esposa Aline, em visita, e tivemos uma
tarde de comunhão muito agradável, reunimos a família para um momento de
descontração; Eu, meu filho, Gercimar, minha neta Fernanda e seu esposo Nathan
e a bisneta Nalú; foi um momento abençoado por Deus.
No dia 1º de junho 2025, fomos à Igreja em
Sombrio SC, tivemos um trabalho nos moldes que a muitos anos atrás não via,
porque os valores foram se perdendo ao longo dos anos, e o respeito pelo
sagrado se acabou, mas pela graça de Deus, ainda a remanescente fiel;
participamos da ceia do Senhor, uma cerimônia digna de nosso Senhor Jesus
Cristo e seu sacrifício; adoração e louvor, tudo no mais respeitoso silêncio,
como deve ser. Louvo a Deus por esse dia tão proveitoso no elevo espiritual.
Dia feliz. Depois da escola dominical, regressamos a Laguna, onde moramos a 120
km de Sombrio.
Agradecimento :Querida Cleide
Correia, quero expressar toda minha gratidão pela dedicação, cuidado e carinho
que sempre demonstrou enquanto trabalhava em minha casa. Sua competência e
respeito foram a base de tudo o que foi construído, e nada poderá apagar isso.
Tenho profundo apreço pelo seu trabalho e
pela forma como sempre se dedicou com tanto amor e respeito. Pessoas como você
tornam a vida mais leve e positiva, e sou muito grato por tudo o que fez. Saiba
que você ocupa um espaço especial no meu coração e sempre será lembrada com
muito carinho.
Com toda minha gratidão, (Gercino Maximiano
de Araujo”
Capítulo dedicado à minha família.
Quando olho o passado vejo uma dedicação, um
esforço e determinação do meu avô “Pedro Lino” como era conhecido o Sr Pedro
vieira da Silva, fico encantado ao lembrar de uma postura rígida e correta, de
onde saiu homens e mulheres honrados (as) dos quais ainda está conosco seu
filho Jairo Vieira da Silva, o hoje Patriarca da Família, no alto dos seus 94
anos, e ainda com muito vigor, servo de Deus convicto, cabeça de uma linda
família.
Minha infância está comtemplada no preambulo
desta biografia.
Pessoas importantes na minha vida: Meu pai
“João Castorina” como era conhecido o Sr João Maximiano de Araujo; homem
simples, trabalhador, me ensinou ser; verdadeiro, honesto, honrado, esses
valores não se encontram em qualquer lugar.
Minha mãe; há! Minha mãe, extremosa, Dona
Francisca Vieira da Silva, severa, caprichosa, amorosa, de uma simplicidade,
cativante. E o que dizer da minha irmã, Jacy Maximiano de Araujo, companheira e
amiga em momentos difíceis, confidente.
Filhos; Laços Eternos: A família é o alicerce
da minha vida, meu porto seguro em todas as tempestades. Cada um dos seus
membros traz um significado único, um fio essencial na teia da minha
existência. Meus filhos, meus maiores tesouros, são o reflexo do meu amor e
orgulho. Este capítulo é uma homenagem a eles e a todos os momentos preciosos
que compartilhamos, aqueles que moldaram quem sou hoje.
Meu
primogênito; Gercimar, Companheiro, amigo nos momentos difíceis, caminhando
lado a lado, em todos os dias da minha vida; bons ou maus, meu cuidador, desde
sempre. Muito obrigado meu filho.
Minha caçula, Silvia Helena de Araujo; o que
posso dizer de uma mulher forte, capaz, educadora empresária no transporte
escolar ao lado seu marido, não menos guerreiro, rompendo os obstáculos que
surgem ao longo da vida de um casal; servos de Deus servindo na Igreja Nova
Vida em Monjolos.
Netos: sete, bisneto: seis.
As tradições e valores da família:
Respeito e empatia: Compreender e valorizar
os sentimentos e as perspectivas dos outros algo que uma família ensina com
exemplos do dia a dia, promovendo um senso de compaixão e aceitação.
Trabalho árduo e determinação: Superação e um
sentimento da conquista dos seus objetivos
União e solidariedade: apoiar uns aos outros,
especialmente em momentos desafiadores, podendo criar um senso de lealdade.
Valorização da cultura e das tradições: Atividades como
reunir-se para celebrações, preparar receitas típicas ou contar histórias
passadas de geração em geração também cultivam um profundo orgulho nas raízes
familiares e culturais.
Interessante!
O lado positivo na solidão “Não ouço o que
não quero, e não falo o que não devo. Às vezes, ter tempo para si mesmo pode
ser libertador, permitindo que você se desconecte das expectativas dos outros e
se concentre em seus próprios pensamentos e sentimentos.
A frase "não ouço o que não quero, e não
falo o que não devo" é particularmente interessante. Isso valoriza a
liberdade de escolher o que quer ouvir e dizer, sem ter que se preocupar com as
opiniões ou julgamentos dos outros.
As Margaridas: eram cinco
margaridas, todas deslumbrantes e lindas, com laços efetivos com o floricultor
e de cada uma delas, surgiram frutos, agradáveis, lindos, viçosos, bons e
saudáveis; uma delas, me causou muito sofrimento.
A metáfora das margaridas continua a ser uma
forma poderosa de expressar minhas experiências e emoções. A imagem das
margaridas deslumbrantes e lindas, com laços efetivos com o floricultor, sugere
uma relação de cuidado e crescimento. No entanto, a menção a uma delas que
causou sofrimento adiciona uma camada de complexidade e dor à narrativa.
Refletindo sobre como uma experiência
específica pode ter afetado profundamente a minha vida, mesmo em meio a outras
experiências positivas. A forma como foi narrada essa história pode ajudar a
processar e entender melhor os sentimentos envolvidos.
Da infância à maturidade: é uma jornada
única, repleta de descobertas e transformações.
Na infância: o mundo é um imenso
palco de possibilidades, onde cada dia traz uma nova aventura e os sonhos são
tão grandes quanto o céu. É o período em que o riso flui livremente, as
lágrimas são rapidamente secadas e a curiosidade é insaciável.
Com o passar do tempo, o horizonte se
expande. Os primeiros passos de independência trazem desafios e aprendizados. A
adolescência chega como um turbilhão de emoções e incertezas, uma ponte entre o
encantamento infantil e a responsabilidade da vida adulta. É quando começamos a
descobrir quem realmente somos e que lugar queremos ocupar no mundo.
A maturidade: floresce com
experiências vividas, erros cometidos e vitórias conquistadas. É o tempo da
reflexão, de olhar para trás com gratidão pelas raízes plantadas e para frente
com esperança pelo que ainda está por vir. Crescer não é abandonar a criança
interior, mas aprender a equilibrar sua espontaneidade com a sabedoria
adquirida.
Assim, da inocência dos primeiros anos à
profundidade dos anos maduros, vivemos um ciclo contínuo de crescimento, um
testemunho da riqueza e complexidade da existência humana.
Gercino Maximiano de Araujo