sábado, 23 de julho de 2022

Jesus chorou: Por que e quantas vezes

A Bíblia registra que Jesus chorou em três ocasiões diferentes. Isso reflete claramente sua natureza humana.

 O fato de Jesus ter chorado demonstra que Ele pode se identificar com o sofrimento humano, pois sentiu pessoalmente a profundidade da sua dor.

 Por três vezes a Bíblia relata Jesus chorando:

1)  No túmulo de Lázaro (João 11:35)

 2)  Quando ia chegando em Jerusalém, pelo fato da cidade ter desprezado o tempo da visitação (Lucas 19:41)

    3)  Quando estava prestes a morrer (Hebreus 5:7-9)

 1. Jesus chorou quando Lázaro morreu

Quando Jesus chegou em Betânia, e viu a família e os amigos de Lázaro em luto, por que Ele chorou? (João 11:33-35)

Jesus certamente sabia que Lázaro logo estaria vivo novamente, pois era para isso que ele tinha ido a Betânia. Diante disso, percebe-se que Jesus chorou não porque Lázaro estava morto, mas pelo fato da morte ser uma consequência do pecado de Adão e Eva.

O verbo "chorar" contido em João 11:35 quer dizer derramar lágrimas, chorar silenciosamente. É a única vez que é usado no Novo Testamento. Nessa ocasião Jesus não chorou, em altos prantos, como os que lamentavam ao seu redor.

 Talvez Jesus estivesse chorando por Lázaro e com suas irmãs, pois sabia que estaria chamando o amigo de volta do céu para um mundo perverso, onde, um dia, Lázaro teria de morrer outra vez. Jesus havia descido do céu e sabia o que seu amigo estava deixando para trás.

Embora João 11:35 não diga especificamente por que Jesus chorou, é possível inferir outra razão no contexto: Jesus estava triste pelo fato da morte ser resultado do pecado da humanidade. O pecado entrou no mundo quando Adão e Eva comeram o fruto da árvore proibida: "o Senhor Deus ordenou ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do

mal não comerás, porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás " (Gênesis 2:16-17).

 2. Jesus chorou por Jerusalém

Enquanto a multidão estava alegre, Jesus chorava! Essa é a segunda vez que Jesus chorou publicamente. No túmulo de Lázaro Ele chorou silenciosamente, nessa ocasião sua lamentação foi em voz alta, como era de costume daqueles que eram pagos para prantear nos velórios. O choro de Jesus por Jerusalém tinha uma razão, a cidade trouxe destruição a si mesma.

A palavra "chorou" (Lucas 19:41) significa "um choro com soluços e gemidos". Nesse episódio Jesus lamentou sobre a cidade de Jerusalém. Ele sofreu uma profunda angústia, expressada por sinais de ais, gemidos e dor.

O magnífico Templo, os Palácios, os jardins dos Judeus ricos e a grande muralha cercando a cidade formavam uma vista de grande beleza e esplendor. Embora tudo aquilo fosse lindo, levou Jesus às lágrimas. Ele via coisas que outros não viam, a futura destruição da cidade de Jerusalém. Todos os esforços de Jesus para reverter a tragédia haviam sidos repelidos e rejeitados. Somente o arrependimento e a aceitação de Jesus como Salvador poderiam evitar a destruição.

 O choro de Jesus por Jerusalém

Para onde Jesus olhava, encontrava razões para chorar. Ele olhava para trás e via que Jerusalém desperdiçou suas chances e deixou passar o tempo da "visitação". Quando olhava para dentro da cidade, via a incompreensão e o vazio espiritual no coração do povo. Deus já havia enviado seus profetas e mensageiros para preparar-lhe o caminho, mas o povo não conhecia quem era Jesus.

Olhando ao redor, Jesus via celebrações religiosas vazias e sem espiritualidade. O templo se tornara um covil de ladrões e aproveitadores, e os líderes religiosos estavam determinados a matar o messias. A cidade encontrava-se cheia de pessoas de várias regiões comemorando uma festa, mas o coração do povo estava pesado com os fardos da vida e com seus pecados.

Olhando para o futuro, Jesus via o inevitável e terrível julgamento que sobreviria à nação, à cidade e ao templo. Jerusalém já não tinha esperança pois o pecado, o preconceito, a rebeldia e a presunção ocultaram de seus olhos as condições necessárias para obterem a paz. Diante disso, só restava a destruição.

No ano 70 d.C., o exército romano rodeou Jerusalém por 143 dias. Nesse episódio o Templo foi incendiado e destruído. Milhares foram levados como escravos e seiscentos mil judeus foram mortos. Isso aconteceu porque o povo não levou em consideração a visitação de Deus. "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (João 1:1

 3. Chorou quando estava prestes a entregar Sua vida

“Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade”. (Hebreus 5:7).

Alguns pensam que Jesus chorou por medo da morte. Porém, o significado mais aceitável para a expressão: "Pai, se queres, afasta de mim este cálice" é que Sua alma estava aflita por causa dos aspectos dessa morte.

Jesus nunca havia conhecido a mancha do pecado, nem experimentado a separação da comunhão com o Pai, mas o cumprimento de sua missão o levaria à solidão, pois o Pai teria que se afastar para que Ele pudesse morrer. Assim, Jesus estava prestes a sofrer tudo isso ao assumir a culpa da humanidade. Desta forma, seria impossível Jesus experimentar a separação do Pai sem sentir dor.

Portanto, Jesus deu passos decisivos e firmes rumo à sua crucificação e morte. Isso exclui o pensamento de que Jesus queria escapar da morte física na cruz. 23/07/2022 Gercino

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Por que Deus permite o mal? Estudo e Explicação

Talvez você já tenha feito essa pergunta: Por que Deus permite o mal? Diariamente a população é surpreendida com a violência, com as guerras, com as catástrofes naturais e com a falta de amor. O amor ao próximo tem se tornado escasso e o mal tem se alastrado de maneira violenta.

 Diante disso, ao ver ou enfrentar algo dessa natureza surgem algumas perguntas intrigantes. Se existe um Deus de amor, Por que existe o mal no mundo? Por que Ele não está fazendo algo sobre isso? E muitos vão além, supondo que a existência do mal refuta a existência de Deus.

 Por que Deus permite o mal?

Para responder a essas indagações é necessário conhecer alguns atributos de Deus.

A Bíblia descreve Deus como Santo (Isaías 6:3), Justo (Salmo 07:11), Verdadeiro (Deuteronômio 32:4), e Soberano (Daniel 4:17-25). Esses atributos dizem o seguinte sobre Deus:

 Deus é capaz de prevenir o mal

Então, se Deus é capaz de prevenir o mal, por que Ele permite que o mal aconteça? Para entender de maneira prática essas questões é necessário considerar os princípios que Deus usa para governar a humanidade:

 Deus poderia mudar o caráter de todos para que não pudessem pecar. Mas isto significaria eliminar o Livre Arbítrio. As pessoas não seriam capazes de escolher o certo ou errado porque já seriam “programadas” para fazer somente o bem.

 Em vez disso, Deus fez Adão e Eva inocentes, mas com a capacidade de escolher entre o bem e o mal. Com isso, eles poderiam escolher amar e obedecer a Deus ou desobedecê-lo. Mas escolheram desobedecer. Isso demonstra que todos vivem em um mundo real onde é possível fazer escolhas. Mas deve-se lembrar que essas escolhas têm consequências diretas e indiretas. O pecado de Adão e Eva afetou a todos que vieram depois deles. Da mesma forma, cada decisão para o pecado tem um impacto individual e também coletivo.

 Diante disso, Deus não pode quebrar o princípio do Livre Arbítrio, pois estaria infringindo uma lei que Ele mesmo criou.

 Deus deseja livrar o mundo da maldade

A Bíblia fala em 2 Pedro 3:9 “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânime para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.”

 Deus poderia ter eliminado todo o mal da humanidade simplesmente removendo o Livre Arbítrio, isso significa que o homem não teria a opção de escolher e tomar decisões. Sendo assim, Ele poderia ter feito fantoches ou marionetes. Ao tirar a capacidade de escolher, o mal desapareceria.

 O desejo de Deus é que ninguém sofra. Infelizmente, a queda de Adão e Eva trouxe duras consequências para a humanidade, tudo isso como resultado do pecado. Mas a palavra de Deus assegura em Romanos 5:8 “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”. Diante desse versículo observa-se que mesmo sofrendo com o pecado e o mal, é essencial confiar no Deus que ama e promete estar sempre ao lado de seus filhos.

 E se Deus remover todos que praticam maldades?

Deus poderia remover da terra todos aqueles que praticam o mal, mas se Ele fizesse isso não sobraria mais ninguém, pois Deus teria que remover todos nós. A Bíblia diz que todos pecamos, sem exceção de ninguém (Romanos 3:23; Eclesiastes 7:20, 1 João 1:8). Embora algumas pessoas julgam ter menos pecados que outras, todas pecam. Devemos entender que para Deus não existe pecado “pequeno” ou “pecado grande”, todos os pecados causam danos a outras pessoas e desagradam a Deus.

 Haverá o dia que Deus irá aniquilar todo o mal

A existência do mal é o “efeito colateral” de criar um mundo com amor. Embora o mal ainda esteja presente, ele é temporário. Chegará o dia que o mal será destruído. Esta é a esperança daqueles que esperam em Cristo. Há um novo mundo em que não haverá mais lágrimas e nem dor, porque todas as coisas serão feitas novas (Apocalipse 21:5).

 Haverá um dia quando Deus julgará o pecado do mundo e renovará todas as coisas, mas Ele está propositalmente “atrasando” esse dia a fim de dar mais tempo para que as pessoas se arrependam e não precisem mais ser julgadas por Ele (2 Pedro 3:9). Desta forma é correto afirmar que Deus SE PREOCUPA com o mal.

 A Bíblia é um manual que estabelece princípios que desencorajam o mal. E todos aqueles que praticam o mal devem saber que haverá consequências graves, especialmente para os que fazem maldades contra os “inocentes” (Marcos 9:36-42).

 Portanto, é indispensável abominar o mal. É vital arrepender-se e buscar a Graça de Deus. Jesus venceu o mal – mas venceu através do sofrimento e da morte, e não através da força bruta. Os cristãos vivem como estrangeiros em um mundo poluído e pecaminoso, mas devem saber, pela fé, que um mundo melhor está por vir.

 "Se sofrermos com Ele, também reinaremos com Ele. Ou Se estamos com Ele em humildade, nós também vamos estar com ele em sua glória. Se você está aflito com os males do mundo de hoje, confie em Jesus Cristo pois Ele é a única Esperança".

Public. 22/07/2022 por Gercino Maximiano de Araujo

quinta-feira, 7 de julho de 2022

A Autoridade da Palavra de Cristo

 Quão solene foi aquela reunião em Mileto, em que se achava presentes os anciãos de Éfeso, chamado pelo Apóstolo, e muitos outros irmãos que teriam vindo, trazidos pelo amor que lhe devotavam.

Aquele amoroso e dedicado servo de Cristo já se achava notificado pelo Espírito Santo das prisões e tribulações que o esperavam em Jerusalém, e de que aqueles amados irmãos jamais veriam seu rosto neste presente mundo.

Suas palavras de exortação e consolação, lembrando-lhes a maneira como se conduziu no seu ministério entre eles e por onde passou, eram repassadas de sinceridade e terno amor.

Momento difícil para um coração que transbordavam de amor pelos seus queridos! O Apóstolo partia sem o pensamento de torna-lo a vê-los; seus amados ficavam, sem esperança de receberem o consolo da sua palavra.

Pois bem. Neste momento de tanta emoção, a quem o Apóstolo encomendou os seus queridos? A algum concílio, a algum líder religioso? Não. Disse-lhes: “Agora, pois, irmãos, encomendo-vos a Deus e a palavra da sua graça; o qual é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os santificados”.

Sim, é o que nos ensina a Escritura. Aos Colossenses, disse: “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros...”

Pedro nos diz, em sua primeira carta universal (1:25): “A palavra do Senhor permanece para sempre; e esta é a palavra que entre vós foi evangelizada”.

É a Escritura sagrada, iluminada pelo o Espírito Santo, que nos guarda do mal, e nos conduz na vida; a palavra que pode salvar as nossas vidas” (Tiago 1:21)

Transcrito: do Estudos Bíblicos: Alfredo Felgueiras

G.M.A

Laguna 07/0722

segunda-feira, 4 de julho de 2022

Cristo - Centro e União do seu povo

04 de Julho 2022

“O Senhor Jesus Cristo não foi cabeça da humanidade, pois assim toda a humanidade seria salva, mas é Cabeça de um povo para quem a vida eterna tem dimanado dEle, a rocha ferida”.

“Os santificados e O que santifica são todos de um”. Conhecemos a nossa unidade com o Senhor, unidade que ninguém pode dividir, e o Senhor obra sobre esta, “por cujo motivo não se envergonha de chamar-nos irmãos”.

“Nós como crentes, estamos em Cristo”, quer vivos sobre aterra (2 Co 12.2), quer mortos (1 Co 15), e assim a nossa posição na presença de divina, não só é posição fixa e bem-aventurada acima de tudo quanto o coração pode conceber, mas também é uma posição contra a qual as portas do Hades e da morte são totalmente impotentes, porque funda-se numa vida vitoriosa sobre Satanás e a morte”.

Bibliografia:

 ”Um rebanho e um pastor”. Jo 10;27.

“Tenho vos chamados amigos”. J5;15.

Gercino M. Araujo