Lição 3
Adoração Falsa
II Tm 3:1-8
Texto
Áureo:
Amigos, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa
comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me, convosco, exortando-vos
a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos
santos. Judas v 3
Lições
Diárias:
Segunda-feira;
Isaias 10:1-17; Leis injustas;
Terça-feira; Marcos 7:7-16; O que sai...Faz mal
Quarta-feira;
Mateus 7:6-12; Todo o Que pede, recebe;
Quinta-feira; Ezequiel 33:30-33; Ouvem, mas não praticam;
Sexta-feira Isaias 1:2-17; Povo carregado de
iniquidade;
Sábado Jeremias 9-23-26; A glória do conhecimento
de Deus;
Existe adoração com forma, mas sem
substância. Nos últimos dias, como nos dias passados, falsos profetas virão (II
Tim 3:1-8). Eles terão uma aparência de piedade (v. 5) e aprendem o que diz a
Bíblia (v.7), mas, na verdade, negam a substância, o próprio poder da verdade
(v.5) e são réprobos quanto àquela fé uma vez dada aos santos (v. 8; Judas
1:3,4). É fácil percebê-los pois eles querem propagar somente as coisas
aprazíveis (Is 30:10), fábulas (II Tim 4:3,4) e frequentemente apregoam
tradições dos homens como se fossem mandamentos de Deus (Mc 7:7,9). A adoração
da forma correta leva-nos à substância da verdade, ao aperfeiçoamento (II Tim
3:16,17).
Existe adoração com os lábios, mas não de
coração. Essa adoração pode ter uma aparência impecável, como se o povo
estivesse chegando a Deus, assentando diante dele como o povo verdadeiro de
Deus, ouvindo as palavras de Deus, mas por fim, o coração segue o pecado (Ez
33:31; Mt. 7:7;
15:8). Essa é uma adoração falsa. Em Isaías
1:2-17, o povo de Israel tinha oblações (v.13), orações e o levantar das mãos
(v.15), aproximação a Deus (v. 12), reuniões solenes (v.13), holocaustos
abundantes (v.11-13), mas não reconheciam o Senhor em seus corações. Isso era
visto por Deus como iniquidade e maldade (v. 13-16) e Ele escondeu os Seus
olhos deles (v. 15).
A adoração ocupou os lábios de todo o povo
mas o coração deles estava longe de Deus. Não há adoração verdadeira se não
houver obediência de um coração singular e temente a Deus (Jr 9:23,24).
Existe adoração com a lei, mas não com o
espírito. Os Fariseus eram religiosos que faziam tudo pela lei com a esperança
sincera de deixar a Deus o mais alegre possível. Socialmente eram bem aceitos.
Religiosamente também.
A cerimônia era exatamente conforme a lei que
Deus estipulava, mas, era uma adoração falsa. Deixaram o espírito da lei
desfeito (Mt. 23:15,23).
Por sinal, quando a Verdade passava por
perto, os que adoravam por meio da letra da lei, zangavam-se. No fim da
história, crucificaram a Verdade, para que pudessem continuar em adoração pela
lei (Mt. 26:57-68; 27:1). Não podemos classificar uma adoração verdadeira
aquela que aborrece a Verdade.
Existe adoração com ignorância e é tida como
adoração falsa. Jesus, em a sua conversa com a mulher Samaritana chegou a
dizê-la que os Samaritanos adoram ao que não sabem (João 4:22). A instrução de
Cristo é: que se não está adorando em espírito e em verdade, não está adorando
ao Seu agrado (João 4:24). Jesus disse que os Fariseus erraram praticando seus
ensinamentos com ignorância da verdade (Mt. 22:29, “Errais, não conhecendo as
Escrituras …”).
Paulo notou a existência da adoração com
ignorância. Em Atenas ele viu um altar, “AO DEUS DESCONHECIDO”.
Ele julgava que isso não era adoração
verdadeira, mas superstição (Atos 17:22,23). Se a adoração não é baseada na
verdade das Escrituras, é uma adoração falsa.
Existe adoração com sacrifício, mas não com
obediência. O Rei Saul foi instruído para que destruísse completamente os Amalequitas.
Tudo, homem, mulher, crianças e animais deviam ser destruídos. Nada deveria ser
perdoado. O Rei Saul foi a cidade e feriu-a, mas tomou o Rei Agague, rei dos
Amalequitas, vivo, como também o melhor das ovelhas e das vacas, e também as de
segunda ordem. Quando Samuel encontrou-se com o Rei Saul na volta da campanha
de guerra, Samuel perguntou-o se a palavra do Senhor foi obedecida. O Rei Saul
disse que sim. Mas os balidos das ovelhas e o mugido das vacas veio aos ouvidos
de Samuel.
Saul explicou que estas foram poupados porque
podiam ser oferecidas ao SENHOR, em Gigal. Samuel explicou que essa é uma
adoração falsa, pois o obedecer é melhor que o sacrificar, e o atender melhor
que a gordura dos carneiros (I Sam 15:3,8-9,14,21-22). As ações do Rei Saul
tinham o aval do público. Todos estavam contentes por terem o estômago cheio,
e, também tinham agora as riquezas dos Amalequitas. Humilhar o rei pagão era
gostoso, mas, apesar do grau de aceitação humana da ação, deve se levar em
conta o fato de que só a obediência completa aos olhos de Deus, é adoração verdadeira.
Existe adoração com intenção pura mas que não
vale como adoração verdadeira. Saulo de Tarso tinha a melhor das intenções na
destruição dos crentes, mas era uma adoração falsa (Atos 22:1-5; Fl. 3:4-6).
Quando o Rei Davi quis trazer de volta a arca da promessa, ele tinha intenções
puras. Ele e todo o povo de Deus estavam empenhados em fazer o que achavam
correto segundo Deus. Tinham a intenção de levar a arca da terra dos inimigos
sujos e pagãos à terra de Deus. Sendo assim não fizeram da maneira correta e
Deus ministrou morte entre eles, por misturarem a sabedoria humana em meio a
adoração e, pensarem que era agradável a Ele (II Sam 6:1-8).
Deve ser a mesma coisa entre os religiosos em
Mt 7:15-23. Na adoração verdadeira, a intenção não é o que vale mais, mas, a
obediência em amor. Nenhum destes exemplos, apesar da aceitação por parte do
povo, foram aceitos por Deus. Todavia eram abomináveis e uma desgraça para Ele.
Foram repreendidos por Deus, às vezes, até a morte.
Agora, pelos exemplos citados, estamos
informados de que aquilo que queremos dar ao Senhor pode ser uma abominação
para Ele. Em verdade, a adoração verdadeira não é aquilo produzido pelo homem e
dado, com os devidos merecimentos, ao único Deus vivo e verdadeiro. Aquilo que
é produzido pelo homem é contaminado pela natureza do homem, o pecado, e pela
mente limitada do homem.
Laguna SC 1602/2023
Gercino Maximiano de Araujo
Nos moldes da Revista da EBD
Lição n° 4
Adoração Verdadeira
(João 4:19-30)
Texto Áureo: Mas não é o
primeiro o espiritual, é sim o natural; depois o espiritual. O primeiro homem,
formado da terra, é terreno; e o segundo homem é do céu. (I Co 15:46-47)
Segunda-feira I Co 2:6-16; Sabedoria que os homens não
conheceram
Terça-feira - Gen 2:6-17; Deus torna o homem
alma vivente;
Quarta-feira - Ef 2:1-10; criados em Cisto
Jesus;
Quinta-feira – RM 8:1-11; O pendor o
espírito;
Sexta-feira – Isaias 59: 1-21; O Senhor viu
isso...;
Sábado – Jr 13:15-27; Dai glórias a Deus,
antes...;
É muito claro o que Deus procura no assunto
de adoração. Ele quer ser adorado em “espírito e em verdade”. O que cria
confusão entre os que querem adorar O SENHOR é a teoria tanto quanto a prática
de adorar em espírito. Podemos entender melhor este assunto se entendêssemos o
próprio espírito do homem.
O Espírito do Homem Natural
O homem natural (I Cor 2:14; 15:46), o
primeiro Adão (I Cor 15:45); o que quer dizer: o pecador não salvo, não pode
adorar o Senhor verdadeiramente. Ele está morto espiritualmente. Quando Deus
falou a Adão e a Eva no Jardim do Éden, “certamente morreis” (Gên. 2:7), ao
comerem do fruto proibido, morreriam espiritualmente (Gên. 3:6; Ef 2:1; I Cor
2:14). Agora o filho natural de Adão é filho da desobediência (Ef 2:2), é
inimigo de Deus (Rm 8:7), separado de Deus (Is 59:1,2) e com entendimento
limitado (I Cor 2:14).
Não há nada que venha naturalmente do pecador
e que pode agradar a Deus (Jr 13:23; Rm 8:8; João 3:3-6; 15:5). O primeiro Adão
é terreno, uma alma vivente e só (I Cor 15:45-47). Ele vive segundo a sua
natureza pecaminosa, o que a Bíblia determina como “o homem velho” que se
corrompe pelas concupiscências (Ef 4:22; I João 2:16; Rm 6:6). Isso quer dizer
que aquilo que o homem natural faz segundo o seu coração enganoso (Jr 17:9) é
gerada pelas suas concupiscências, e por essas, é corrompido.
Mesmo na esfera da religião pois não habita
bem algum na carne (Rom 7:18). O homem natural, não salvo, pode vestir-se com a
religião e moralizar as suas ações, mas, mesmo assim, por não ser espiritual,
não agrada a Deus de nenhuma maneira (Mat. 7:21-23; Luc 6:46; 11:39-44; João
4:22; At 17:22-24; Rm 8:8, “não podem agradar a Deus”).
Laguna
SC 20/02/2023
Gercino
Maximiano de Araujo
Nos
moldes da Revista da EBD