Os Ritos - A Ceia do Senhor
Estudo nº 4
“A Ceia do senhor” (I Co 11:20) também
chamado “O Partir do Pão” (At 2:42). O Partir do Pão é, em primeiro
lugar, uma expressão comum ao ato de tomar uma refeição, e assim é empregada
nas Escrituras. (At 2:46; 20:11; 27:35,36; cf. Mc 6:41, etc.) Para dividir o
Pão os judeus não usavam faca. Mais tarde a expressaão “O Partir do Pão” veio a ter uma referência especial à Ceia do
Senhor. A palavra “Eucaristia” (do
grego – “eucaristia”) é um termo que não se acha na Bíblia, orém estaq ligada a
uma parte integrante da Ceia – a ação de graças, e, se não tivesse associadas
com certos erros doutrinários, podiamos usá-la em referência a Ceia do Senhor
até hoje. A “Santa Comunhão” é uma
frase baseada em I Co 10:16, e exprime certos aspectos da Ceia. Trataremos mais
adiante do conceito, tão idólatra da Santa comunhão, como praticada pela a
igrja de Roma, com o nome de Eucaristia.
INSTITUIÇÂO.
No Novo Testamento temos quatro relatos da instituição da Ceis do Senhor, porém
cada um apresento o ensino com aspecto deferente. Em Mt 26:26-30, temos a ordem
dispensacional. Em Mc 14:22-26, temos a orden cronológica. Em Lc 22:14-23,
temos a ordem moral, enquanto em I Co 11:17-34, temos a ordem essencial. Há
mais tres referencias (At 2:42; 20:7; e I Co 10:16-17) perfazendo sete
referência ao todo. O mandamento dado pelo Senhor Jesus logo antes de partir, “
fazei isto” Lc 22:19; I Co 11: 024-25), é mencionado duas vezes e recordado
tres vezes nas Escrituras.
EXEMPLIFICAÇÂO. A prática dos primeiros crentes à Ceia do Senhor, é-nos
mostrada claramentes em At 2:42; 20:7; I Co 10:16, oa escritos que vieram a
nós, dos tempos sub-apostólicos frequentemente referem-se a importância deste
rito, e mostram-nos a universalidade da sua observação entre os crentes.
Deprssa as igrejas se afastaram da simplicidade prístina do modelo dado nas
Escrituras e lentamente se desenvolveu em certos círculos, um rito muito
deturpado, frequentementes associado compráticas idólatra. O Partir do Pão é um
ato da coletividade isto quer dizer da igreja local, enquanto o Batismo é um
simples rito de iniciação para cada crente.
PARTICIPAÇÂO. É de suma importância reconhecer que apenas os que são
verdadeiros crentes no Senhor Jesus tem o direito de participar da Ceia do
Senhor. A participação de pessoas que apenas assistem as reuniões da igreja ou
até pessoas descrentes, as quais estão procurando nessa “festa” os recursos da
graça é inteiramente contrário ao ensino da Palavrea de Deus. Vejamos Atos
2:41,42; 20:7, foram somente os discípulos do Senhor Jesus que se ajuntaram
para Partir o Pão. “Foram batizados os que de bom grado receberam a sua
palavra... e perseveraram... no partir do pão. “ “crentes” At 5:14; Gl 3:22.
“Cristãos” At 11:26. “Irmãos” At 11:29. “Santos” Rom 1:7. Os crentes que
participam da Ceia do Senhor devem ser firmes na fé e piedosos no seu andar. I
Co 5:11; II Jo 9-11; Tt 3:10,11; II Tss 3:6,14. Estas condições sendo
cumpridas, não ha lugar, segundo a Bíblia, para outras restrições. Em resumo,
não está de acordo com a ordem divina dirige-se um convite a todos os
presentes, para participar da Ceia. Todos os pretendentes à Ceia do Senhor,
antes de viram à mesa, devem ter um período de verdadeiro exercício espiritual.
SIGNIFICAÇÂO. A Ceia do Senhor pode ser considerada sob sete divisões, a
saber:
1. Um Ajuntamento da Sua Igreja. I Co 11:17-21. O Partir do Pão é um dos principais ajuntamento dos crentes, e o ponto principal da adoração cristã. Disto temos forte indicação em Atos 20:7, e I Cor caps.11,12,13 e 14. Nestes quatro capítulos a frase "quando vos ajuntais" é empregada sete vezes. falando das reuniões da igreja. e em nenhuma outra parte da Bíblia é usada neste sentido. Na cidade de Troas os discípulos se ajuntaram especificamente para "Partir o Pão"; Não se ajuntaram para ouvir uma pregação do famoso missionário Paulo. O que tinham em vista ai se dirigir ao local, e o pensamento que controlava os seus corações e mente, era a lembrança do seu Senhor da maneira que mesmo havia ordenado. Na ceia temos um quadro, representando de uma maneira linda, a unidade do corpo de Cristo - a sua igreja ou seja, todos os membros individuais do corpo ligados à cabeça - Cristo ressurgido, la no céu, e uns aos outros, bem como a comunhão que procede desta união - 1 Co 10:16,17. Sobre a mesa está um pão inteiro. Não está ali um pedaço de pão, mas um pão inteiro. A significação disso é dupla: simboliza o precioso corpo de Cristo mesmo - 1 Co 11:24, e o corpo mistico de Cristo, que é a Sua Igreja - 1 Co 10:16,17. O leitor cuidadosamente ha de reparar entre 1 Co 10:16,17 e 1 Co 11:24,25, que a ordem tem sido invertida. No Cap. 10 o cálice vem primeiro e depois o pão. Esta é a ordem de experiência do crente, isto é , primeiramente a apropriação dos méritos do sangue remidor (o Cálice) e depois como resultado, a união do corpo ( o pão). Já no cap. 11 temos a ordem de observância da Ceia.
2. O Memorial: 1Co 11:24,25. Devemos notar que
a celebração da Ceia do Senhor não é apenas uma questão de retrospecção mas um
ATO de comemoração e isto não somente da Sua morte, mas dEele mesmo. ( Em
memória de Mim). Portanto a Ceia do Senhor não dever ser comparada a uma
reunião comemorativa em homenagem a um herói, nacional, falecido e nem um
notável mártir de uma grande causa. Ajuntamo-nos no primeiro dia da semana, dia
em que nosso Senhor ressuscitou, e não no dia de sua morte. E nossa alegre celebração de Quem, tendo cumprido a obra de
nossa redenção , ressuscitou sobre o sepulcro e assentou à destra de Deus. Além
disso, O comemoramos não tanto como alguém que tem estado ausente muito tempo,
mas como Um que está sempre vivo, e na Sua infinita graça, sempre presente
conosco, segundo a Sua própria promessa. Mt 18:20.
3. Um Símbolo do Seu Amor: 1. Um Símbolo do Seu amor. 1 Co 11:23. Fala-nos da noite em que Ele foi traído, e do seu tão grande amor para conosco – ( Jo 13:1). O amor acha muito prazer em servir e em dar – Mt 20:28; Lc 22:19; Jo 10:11; O amor é medido pelo tamanho do sacrifício. Ao participarmos da Ceia proporcionamos ao Senhor Jesus uma oportunidade para estimular a nossa devoção a Ele, por meio de uma nova revelação do Seu amor para conosco.
3. O Penhor do Seu Pacto: 1 Co 11:25; Lc 22:20. Cada pacto divino mencionado nas
Escrituras tem o seu sinal distintivo, por exemplo: o sinal do pacto mosaico
Ez 20: 12,20. O “sinal” do Novo Pacto é
o cálice de que participamos na Ceia – Lc 22:20, porque simboliza o Seu sangue
que foi derramado para ratificação deste concerto, Veja Hb
9\\\\\\\\\\\\\;15-22. Para o ensino mais extenso sobre o novo e (melhor)
concerto, veja Hb 7:22; 8:6-13; 2Co 3:6-18.
4. 1. A Participação da Sua Festa: 1Co 11:26. Alguns são contrários ao chamar a Ceia uma “festa”, Porém que compreende bem o significado da Ceia, não pode achar mal empregado o termo. Sem dúvida a ocasião é apropriada para os crentes se regozijarem pela sua reconciliação com Deus, (Lc 15: 22-24) que se tornou possível somente por causa da morte de Seu Filho em nosso lugar; Reparamos também Rom 5:10,11. Compare com isto o significado da oferta pacifica em Lv caps 3 e 7. A nossa participação pessoal na Ceia do Senhor é indicada pelos quatro imperativo: ”tomai – comei – bebei – fazei.” A Ceia do Senhor é símbolo de um conceito mais amplo, e “a Mesa do Senhor” (1 Co 10:21). Estas termos não são sinônimos, apesar do fato serem usados frequentemente como se fossem. A “a mesa” representa a comunhão em toda a maravilhosa provisão, que o Senhor na sua infinita graça, tem f\eito para seu povo redimido. O crente está sempre “assentado” à mesa do Senhor, (Salmo 23:5), tomando parte na provisão do Seu Senhor, porém ele assenta para s Ceia apenas uma vez por semana. Em 1 Co 10 vemos contrastada a Mesa do Senhor” com a “mesa dos demônios”. A “mesa dos demônios” representa toda a provisão mundana que o diabo prepara para os seus devotos, até nas esfera da moralidade e religião. O crente NÃO deve ter comunhão em sentido algum com estas coisas. Ele deve evitar, a todo custo, comprometer o seu testemunho para com a Deus, diante do mundo ou faze tropeçar o seu irmão mais fraco. Estude bem o caps 10 de 1 Corontios. O próprio Senhor Jesus Cristo é o Hospedeiro invisível e Governador da “festa” (Jo 2:9. Foi com sacrifício incomensurável que Cristo pôs a mesa, a qual agora é franqueada a nós. A palavra mesa também nos fala de graça abundante e numa generosa suficiência. 2 Sam 9:7,10,11,13.
6. A proclamação da Sua Morte: 1 Co 11:26. O sentido da palavra é anunciar ou proclamar. E o evangelho demostrado por figura – 1Co 15:3,4. A mesma palavra no grego é empregada em 1 Co 2:1; 9:14, e frequentemente em outros lugares no sentido de “pregar” . Já temos que o rito do Batismo é um testemunho do evangelho, por figura, e fala-nos da ressurreição, enquanto que na Ceia o que salienta é a morte do Senhor o testemunho duplo destes dois ritos é de profunda significação. Tem sido observado que a “proclamação” está no “comer” e no “beber” - Vejamos 1Co 11:26. Talvez possamos ver a morte do nosso Senhor Jesus Cristo na separação do Pão (corpo) e do cálice ( sangue). Tanto o fato como a significação da sua morte são anunciada no cumprimento do rito.
7. A profecia referente a sua
volta: - 1 Co 11:26. Até que
venha é o comentário inspirado do Apostolo Paulo. Eis a gloriosa consumação que
aguardamos. Este fato tão sublime determina o limite da observação deste rito
tão precioso por todos os que amam o seu Salvador e Senhor. Também nos ensina
que durante este pequeno intervalo (até que ele volte) nós não devemos
negligenciar o cumprimento fiel deste seu derradeiro mandamento. Se Me amardes,
guardareis os Meus mandamentos. Em retrospecto, olhamos atraídos para, Calvário,
meditando e cantando. Em prospecto, aguardamos a volta do nosso amado Senhor e
Rei.
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Gercino Maximiano de Araujo – Presbítero Emérito
Gercino Maximiano de Araujo – Presbítero Emérito