quarta-feira, 9 de junho de 2021

Os Ritos. O Batismo

Estudo Nº 3.

 O Senhor Jesus ordenou apenas DOIS RITOS para Sua Igreja, a saber. O Batismo e a Ceia do Senhor. A igreja de Roma acrescentou mais cinco (a Confirmação, a Penitência, a extrema unção, as ordens sacras, e o matrimônio) e isto sem a menor autorização da Palavra de Deus. Nós observamos o rito de matrimônio não por ser uma ordenança da Igreja, mas porque é da ordem da criação, instituido por Deus no princípio da história humana, milhares de anos antes de haver igreja no mundo, enquanto a igreja de Roma recusa reconhecer um casamento que não foi contraído segundo os ritos dela.

 1.   A Autoridade Divina para o Batismo. Isto temos nos mandamento dado por Cristo quando deu a grande comissão aos seus. Mt 28:19-20; Mc 16:15-16; o mandamento de “fazer discípulos”, batiza-los e ensina-los forma uma orden composta, da qual nenhuma parte pode ser desobedecida. O crente não pode deixar de cumprir toda ordem do seu Senhor sem ser desleal.

2.   A prática Apostólica. A oredem sempre seguida pelos Apóstolos é claramente delineada nas página de Atos dos Apóstolos, veja especialmente At 2:41; 8:12,36-38; 18:8; (Para a prática de “fazer discípulos” veja At 14:21). Nunca se cogita no Novo Testamento de um crente que não seja batizado.

3.   Quis São os Elegíveis? Todos os que são verdadeiramente crente no Senhor Jesus Cristo, e mais ninguém. Devido a leviandade que tem hoje no emprego da palavra crente, convém ter provas confirmativas de que o candidato seja de fato um verdadeiro crente no Senhor Jesus Cristo antes de consentir batiza-lo. Se alguém está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas ja passaram, eis que tudo se fez novo. Batizar uma pessoa que não é convertida pode tornar-se em impedimento ao deu bem espiritual.

1.   O Modo de Batizar. O modo de batizar ensinado pelo Novo Testamento é claramente revelado no sentido da palavra “batizar” e na significação do rito.

 (a)       A palavra “batizar” na forma portuguesa não é uma tradução da palavra grega – mas uma transliteração – de “bapto”, mergulhar. (Lc 16:24; Jo13:26; Apc 19:13) – “baptizo”, uma forma intensiva, mergulhar totalmente. Estas palavras nunca tem o sentido de aspergir ou de derramar. Todos os léxicon de confiança dão aquele sentido e o seu emprego da palavra nas Escrituras confirmam o sentido. (veja At 8:38; comparando este versículo com Jo 3:23).

(b)       A significação do rito. Rom 6:4. Neste versículo o batismo é claramente uma figura de sepultamento e ressurreição com Cristo – abrangendo tanto imersão  como emersão. Lançar uma mão cheia de terra sobre o corpo de um defunto não pode de maneira nenhuma ser considerado um sepultamento.

Qual e a forma para ser empregada no ato de batizar? Mt 28:20; nos ensina que a formula dada pelo Senhor Jesus no verso 19 esta em vigor “até o fim dos século” a linguagem empregada nos atos dos Apóstolos apenas indica que os convertidos foram batizados segundo o mandamento do Senhor Jesus Cristo. O emprego da preposição grega – “eis” indica “a alguém” ou em associação com “alguém” (At 8:16; 19:5). O crente é batizado “a Cristo” e está associado com Êle na sua morte e ressurreição. Finalmente  apenas um batismo.

A Bíblia não reconhece nem modos diferentes, nem um batismo para o judeu ed outro para o gentio crente (Ef 4:5).

5 - A sua significação doutrinária. O ensino básico do batismo é o de identificação com Cristo. A posição do crente diante de Deus é “em Cristo”. Ele é “uma nova criação”. (II Co 5:17). Deus considera o crente, portanto, como tendo compartilhado com Cristo na sua morte e sepultamento e ressurreição. Isto é simbolizado por uma bela figura – o batismo em água. O “velho homem”, isto é, a natureza que foi adquirida  em Adão  com todos  os seus feitos tendo sido julgado, sentenciados e justificado na cruz de Cristo, é sepultado fora da vista de Deus, eo crente é visto como um “novo homem” Introduzido para dentro da esfera da vida nova em ressurreição com Cristo Ef 2:5-6.

Ele é portanto, doravante, responsável para andar “em novidade de vida”, considerando-se como tendo morrido para o pecadp e estando agora ressuscitado para viver para Deus. Rom 6:3-11; ao submeter-se ao batismo o crente confessa publicamente a sua aceitação deste fato, manifesta sua resolução de, pela graça de Deus, viver de acordo com a sua profissão de fé. Para mais ensino no lado prático desta verdade o estudante pode ler Ef 4:2-25; Col 2:8-10; Rom 13:14 etc. No batismo nós proclamamos a nossa morte com Cristo; na Ceia do Senhor proclamamos a morte de Cristo em nosso lugar.

6 - Práticas prevalecentes mas errada:

(a)        O batismo infantil. Essa prática não somente não é um

batismo mas está intimamente ligada a heresia destrutiva e perniciosa de “regeneração batismal”, que uma criança assim batizada é perdoada de todo o pecado “original” (i, é ,pecado com que nasceu como sendo distinto do pecado pessoalmente cometido). Leva as pessoas a confiarem num rito, em vez de em Cristo para salvação.

(b)     O batismo de famílias. O ensino de que os pais crentes devem eles mesmo batizarem os seus próprios filhos em casa, enquanto são crianças. Difere um pouco de “batismo” infantil, porque este não ensina a salvação pelo batismo, mas que por meio deste rito, as crianças são trazidas para um lugar especial de privilégio e benção. De Compara-se este costume, com o rito judaico de circuncisão, porém a verdadeira comparação é esta: como o nascimento natural determinava a nacionalidade do judeu e era seguido pelo rito da circuncisão cmo distintiva da sua nacionalidade determinada por Deus, assim também o novo nascimento determina a cidadania celestial do crente e o batismo é o devido distintivo. Em nenhum dos casos tem o rito por si, o poder para conceder o privilégio. Por exemplo , por ser circuncidado uma pessoa não torna-se judeu. Outros povos orientais também praticam a circuncisão. Da mesma maneira o batismo não faz uma pessoa crente em Cristo. (At 8:13; I Co 10:1-6). Há na Bíblia  exemplos de famílias inteira sendo batizados – At 10: 44-48; 16:14-15; 16:29-34; 18:8; I Co 1:16.  Compare este versículo com I Co 16:15). Ha pessoas que afirmam que provavelmente havia crianças nestas famílias, porém tal afirmação é inteiramente gratuita e sem base. De At 16:32-34; 18:8,compreendemos que todos os membros desta família, podiam apreciar a pregação da Palavra de Deus, crer em Cristo e regozijar-se na salvaçao. As pessoas que tem capacidade pera isso, podem ser batizadas. Se comparar-nos I Co 1:16; com I Co 16:15, veremos que uma familia que o Apostolo Paulo batizou, aparentemente tinha idade suficiente para se dedicar ao ministério da Palavra de Deus.

(b)        Onde o batismo é rejeitado.(a)        Onde o batismo é rejeitado. Há certas seitas que ensinam que o batismo por água é dispensavel e que unicamente o batismo do Espirito Santo é essecial. Será que estes ignoram que, foi o próprio Senhor Jesus quem mandou os seus discípulos batizar? Também em Atos 10:45-47; vemos que foi depois que êstes crentes receberam o Espirito Santo que foram batizados por água, por ordem do Apóstlo Pedro.

(b)        Deve uma pessoa ser batizada? Pode dar-se o caso de uma pessoa ser batizada antes de ser convertida. Nesse caso, sendo mais tarde nascido de novo pelo poder do Espirito Santo, deve tal pessoa ser batizado? Há pessoas que dizem que o re-batismo nã é necessário. O que ensina a Bíblia? Temos um caso citado em Atos 19:4-5, que certas pessoas foram rebatizadas. A pergunta pertinente feita pelo Apóstolo Paulo mostra-nos a importância do batismo e a necessidade às vezes, do re-batismo. Disse êle: “Em que sois batizado então?” O ensino de Paulo complementou o ensino incompleto de João Batista referente ao Senhor Jesus Cristo, ensino este que não podia ter incluido o fato da Sua morte, ressurreição e a vinda do Espirito Santo. Agora crendo no evangélho completo, aquelas pessoas foram batizadas “em Nome do Senhor Jesus”.

7 -  Textos Mal-entendido.

(a)        João 3:3-5. O batismo não está ligado estreitamente com o Novo Nascimento no Novo Testamento. O nosso Senhor Jesus está se referindo a Ez. 36:24-27; 37:1-14; o que Nicodemos sendo “mestre em Israel” devia ter compreendido imediatamente.

(b)        Atos 2:38. Este versículo será entendido melhor se lermos pondo a ênfase sobre a palavra “arrependimento”. Arrependimento é saliente nessa mensagem aos judeus, porquê foram convidados a uma “mudança de opinião” quanto ao Senhor Jesus, a quem haviam crucificado. E digno de nota que numa mensagem semelhante , porém enviada aos Gentios, a ênfase é sobre a fé. (Atos 10:43). O arrependimento e a fé são como dois lados de uma mesma moeda Atos20:21.

(c)         Atos 22:16. A agua não pode lavar os pecados. Saulo é aqui chamado a repudiar publicamente, por meio do rito do batismo, a sua vida passada, especialmente com referência a seus atos de oposição a Cristo. Em I Co 6:11 encontramos a mesma palavra e a mesma idéia.

(d)        I Cor. 1:13-17. Enquanto Paulo se ocupava em evangelizar a cidade de Corinto, ele se abstinha de várias coisas que em se mesma eram certas, mas que, devido as circunstâncias especiais que se verificava naquela cidade não eram oportunas (que quer dizer, não haviam de beneficiar os seus ouvintes) como foi amplamente demonstrado pelo acontecimentos posteriores. É claro que, em regra geral, Paulo deixava de batizar, preferindo que este serviço fosse feito por crentes do lugar, a fim de evitar que surgisse orgulho e um espirito partidário. De toda maneira os convertidos não eram de Paulo, mas de Cristo Jo 4:2; compare com Atos 10:48.


 Os Ritos E Batismos

“Outros Batismos”

 

É necessário, para evitar confusão, distinguir estes outros batismos do Batismo Cristão, que acabamos de estudar.

 

(a)         Purificações cerimoniais. Em geral, ao tratar destes batis

Novo Taestamento, o Espirito Santo emprega outra palavra na lingua grega, ie, “batismos”, Mc 7: 4, 8; Hb 6:2; 9:10; mas o verbo grego “batizo” é empregado em Mc 7:4; e Lc 11:38.

 

(b)         O Btismo de João. Este batismo era feito para o arrependimento e confissão de pecados (Mt 3:6-11;) em preparação ao advento do Messias, cujo sangue derramado veio a ser o ùnico meio de remossão dos pecados. A comissão de João o Batista era singular. Jo 1:3.

 

(c)         O Batismo de Cristo. Mt 3:13-17; O Batismo de Cristo identificou-o como sendo o verdadeiro Messias. Jo 1:31-34, e a Sua crucificação estabeleceu finalmente, a Sua afirmação de ser o Salvador do mundo 1 Jo 5:6.

 

(d)         O significado do batismo feito por seus discípulos.

Comparemos Jo 3:32, 26 com Jo 4:1-2. A aceitação do batismo das mãos dos discípouos de Jesus implicava a aderência ao Senhor Jesus como o Messias, entretantos nem todos esses seguidorers continuaram a segui-lO. Jo 6:66; 7: 31 e contexto.

 

(e)         O batismo de sofrimento. Mc 10:38,39; Lc 12:50. Esta expressão de Cristo na Profunda experiência da Sua alma, quando padeceu na Cruz acapelado pelas ondas do juizo divino que ele sofreu vicaramente a favor do seu povo. Devemos reparar que a morte mais tarde , de Tiago e de João, não era vicária mas a eles foi dado o privilégio de padecer em comunhão com o seu senhor.

 

(f)          O batismo do Espirito Santo. Jo 1:33; Mc 1:8; At 1:5; I Co 12:13.Este foi cumprimrnto no dia de Pentecostes (Atos  Cap. 2) quando os crentes foram incorporados em uma entidade espiritual, um “corpo” com a capacidade para se aumentar até alcançar plena maturidade. Ef 4:13,16. Depois do ato inicial da conversão, quando se da o batismo com o Espirito Santo e o novo cfrente é ligado ao corpo de Cristo, que é a sua igreja, nunca mais este se repete. Um segundo batismo no Espirito Santo não é ensinado na Bíblia.

 

(g)         O batismo com fogo. Mt 3:11; Lc 3:16; o batismo com fogo é um batismo do juizo futuro, e não tem nada com o Pentecostes. Veja o contexto dos trechos citados

 

NOTA.

As divisões (e). (f). (g). Dão-nos o sentido metafórico da palavra  “batismo”

 

9. Um Breve Sumário.

O Batismo é:

(a)         Um ato de submissão.

È obediência ao mandamento do Senhor.

 

(b)         E um ato de confissão. Por este ato o crente novo reconhece o Senhorio de Cristo na sua vida. Rm 10:9; Gl 3:27. È uma confissão feita em público, com um soldado ao sentar praça veste o uniforme do seu país. O uniforme não o faz um soldado, porém indica a todos a sua profissão.

(c)         Um ato de identificação. È um simbolo da morte, sepultamento e ressurreição da morte com Criato, para daí por diante andar com Ele e O servir na esfera onde o crente está com seu Senhor – os lugares celestiais. (Ef 2:6).

(d)        Um ato de proclamação. É proclamação porque descreve por meio de uma figura, a mensagem do evangelho. (I Co 15:3,4.

 

Gercino Maximiano de Araujo – presb Emérito

Proximo estudo – Os Ritos – A Ceia do Senhor.

 

 

 


 

 

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário