terça-feira, 18 de abril de 2023

A quem interessar; Possa / Homenagem póstuma

Silvanira Maria de Araujo, no final dos anos 50 conheci-a na cidade de Mantena MG, de mudança para a referida cidade, fui morar perto da casa de seus pais, de forma que da minha varanda eu via a janela da sua cozinha; aliás, cozinhar; é coisa que ela fazia muito bem, e começamos nos olhar à distância; alguns dias se passaram possivelmente até meses, e num desses dias cheguei em casa e verifiquei que atrás do meu porta retrato havia alguma coisa colocado propositalmente; era um bilhete, me pedindo em namoro.

Começamos a namorar e em menos de dois anos, nos casamos no dia 10 de fevereiro de 1961, e em pouco tempo nos mudamos para São Gabriel da Palha e dali para Colatina ES. De família fumante ela também fumava, o que não foi difícil pois ela prometeu deixar, o que fez  em seguida;  depois com sua gravidez começaram os desejos da gravidez e tivemos um pouco de dificuldade, mais uma vez o Senhor nos deu a vitória; nasceu Gercimar de Araujo, 08 de novembro de 1963 num parto dramático, feito por uma cesariana, que quase perdi os dois; mãe e filho, mas pela providência de Deus, que nunca me abandonou, permaneceram comigo os últimos 62 anos.

Sua conversão: Fomos morar numa casa atrás da Casa de Oração, e frequentava as reuniões, eu desviado e ela oriundo do catolicismo; “não sei se vocês sabem, mas crente tem mania de visitar pessoas” e numa destas os lideres da igrejas e algumas mulheres, foram nos visitar; e o resultado foi que naquele dia salvaram-se duas almas.

Eu estava desempregado; dois dias depois, do Parto surgiu aquele que até hoje seria o meu melhor emprego; não pensei, duas vezes: fui atrás do emprego que ia estabelecer o equilíbrio das contas que acabava de surgir por conta do nascimento do meu primeiro filho. Enquanto eu viajava para o Rio de Janeiro em busca do emprego, minha mãe e minha sogra, assumiram o sustento do nosso recém-nascido.

Nesse meio tempo, entre idas e vindas a Colatina e Mantena em visita seus pais que moravam lá; sofremos um acidente; e aí surge uma heroína, grávida da nossa próxima filha, a seis meses, numa queda de seis tombos em uma barreira, surgia a guerreira Silvanira segurando e protegendo seus filhos segurando um em seus braços e outro em seu ventre, para que nada lhes acontecesse. E assim foi.

Três a quatro meses depois nasce Silvia Helena de Araujo em 19 de agosto 1966, saudável e linda, mais um fruto de milagre, e a Silvanira passa por mais uma cesariana, menos traumáticas, mas sofrimentos proporcionais ao primeiro.

Em 1968 chegamos no Rio de Janeiro, mais precisamente no dia 10 de dezembro.

 A saga no Rio de Janeiro –

 Rio de Janeiro cidade que nos seduz, de dia falta água, de noite falta luz, frase que se perdeu no tempo; hoje sobra violência, a insegurança e uma eterna ameaça.

Naquele tempo podia passear da Rodoviária à Praça Mauá sem ser incomodado; foi nessa ocasião é que eu chegava ao Rio de Janeiro trazendo a Silvanira e dois Filhos; Gercimar de Araujo e Silvia Helena de Araujo; na bagagem muita esperança, se não foi o que eu esperava, deu pra eu cumprir o meu dever de pai de esposo, passando por todos os perrengues comuns aos cariocas. Venci porque o Senhor sempre esteve comigo, me guiando os passos. Chegando; recebemos a notícia que ninguém queria ouvir: sua casa não ficou pronta; respirei fundo, levantei a cabeça buscando lembrar de alguns conhecido que morasse no Rio e me lembrei do irmão Gerson que eu conhecia em Baixo Guandu ES. Fui pra Senador Camará; o sossego não tinha, naquele tempo já havia balas rasantes por todos os lados. Não aguentei mais que dois dias. Fui buscar abrigo na ilha do Governador no quarto do Laerte funcionário da Light e irmão da Silvanira e por lá ficamos até a casa em São João de Meriti ficar pronta, foi quando me senti abrigado com a família.

Mas faltava mobiliar a casa, tínhamos vendido tudo em Colatina, para comprar aqui; mas ainda não havia feito a reposição, e aguardávamos a chegadas de outras coisas que trouxemos.

Casa Nova – que maravilha! Faltava o fogão, panelas e prato aí entra o improviso – vamos a feira disse eu; a” Guerreira” ao meu lado, não importava as circunstâncias, e juntos decidimos a comprar: 1 Fogareiro a gás, 2 Panelas pequenas, 4 pratos e alguns talheres, 1 ou 2 canecas talvez; há um detalhe o chão era cimento com vermelhão o que deixava a Silvia toda suja e vermelha, só se via o seu olho. (linda minha filhinha); o Gercimar já grandinho, tocando terror pelo quintal, que lhe rendeu um corte profundo no rosto, e ate hoje traz a marca.

Três meses depois mudamos para Niterói, onde fiquei até o final 1969.

Fui morar no Galo Branco numa casa alugada, até que encontramos a minha tia Luciana irmã da minha mãe; morando no Jardim Catarina, pra onde me mudei em seguida, alugando uma casa por um ano com pagamento adiantado.

Findo este tempo, com recursos remanescentes de Colatina, comprei um terreno em Laranjal São Gonçalo RJ, ali construí um quarto, 4x4, banheiro do lado de fora, reuni a família e fomos morar no referido; usando o fogão, um sofá cama, as duas poltronas pequenas viraram cama pro Gercimar, a Silvia continuava no seu berço; o restante dos móveis, amontoados num dos cantos do quarto até que pudéssemos aumentar aquele quarto para uma de casa de seis cômodos.

Ali ficamos, de 1970 a 1976, quando mudamos para a atual Rua Iára nº 61 Bairro laranjal CEP 24720-350 São Gonçalo RJ

 A Saga de um: Marido, e pai, preocupado em manter e proteger sua família, visando o seu futuro; agradecido por ter alcançado o primeiro objetivo que era não ter que pagar aluguel, agora já podia dormir sem esse fantasma.

A vida, continua, filhos na escola, julho Lima, mais tarde, Estefânia de Carvalho, ali estudaram durante todo o tempo possível, Colégio Batista do Laranjal, e “Seminário Teológico onde fiz o Básico em teologia, que me ajudou muito no crescimento espiritual, que pela graça de Deus pude, exercer o meu ministério com sabedoria.

O preço de morar e trabalhar numa metrópole: Sair de madrugada e não ter hora pra voltar, ver os filhos de vez enquanto; é nesse momento que damos o devido valor a nossas companheiras, estão sempre prontas a segurar a responsabilidade do lar durante a sua necessária ausência, para prover o sustento na criação e educação dos filhos.

Por isso faço uma justa homenagem (póstuma) à minha amada companheira Silvanira que com unhas e dente defendeu, o nosso patrimônio Sentimental, Moral e social, ensinando e protegendo nossos filhos, minha verdadeira representante; já que eu estava nas estradas do nosso pais buscando os recurso para sobrevivência da família.

Nas estradas do nosso país: nesse ponto surge uma mulher mais forte ainda, sempre suprindo minhas ausências, superando obstáculos, com a minha ausência de até três meses fora de casa em viagens, nacionais e internacionais, sendo na sua maioria, domésticas, trabalhando em linhas regulares, viajando para grande parte do país, nas mais renomadas empresas de transporte coletivos interestaduais.

Numa destas idas e vindas de que a Lima no Peru, passando pelo sul, Uruguai, Argentina, e Chile em uma aventura e tanto, foi nesta viagem que aconteceu o episódio da Cordilheira dos Andes.

De retorno ao Brasil saindo de São Tiago do Chile, induzido pelo guia e a curiosidade paguei pra ver, e passamos pela Cordilheira dos Andes, Monte Aconcágua, quase sete mil metros de altura (7.000mtr) e dessa altura fomos a quatro mil e duzentos metros (4.200mtr) era até onde passava a estrada, não vou detalhar as minúcias da viagem, para não sofrer duas vezes; pra se ter uma ideia do perrengue, num período de 28 a 30 km, a viagem durou 14 horas; imaginem o que foi essa aventura, chegamos na aduana da argentina passei o carro o outro motorista pois viajamos em dupla.

Chegado em Córdoba, tive uma queda de pressão e dormi por três dias seguido, acompanhado por médicos passageiros, no final acordei e prosseguimos viagem para Mendonza dali, para Santa FÉ, Assunção no Paraguai e Foz do Iguaçu, retornando ao Rio, Paraná, São Paulo, e Rio de Janeiro. Soma dos dias viajados 93 dia.

Foi uma única viagem internacional que fiz.

 

 

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 13 de abril de 2023

Carta de gratidão às Igrejas de São Gonçalo RJ

A materialidade de uma gratidão; vivi cinquenta e quatro (54) anos em São Gonçalo RJ, gozando da comunhão dos irmãos; terra fértil, em amor fraternal que abraçam a todos com muito carinho, dou graças a Deus por ter tido o privilégio de participar de quase todas as decisões ali tomadas em prol do crescimento do evangelho na cidade e criação de vários mecanismos de disseminação da Palavra de Deus.

Estive durante três anos servindo na Igreja Central de Caxias, retornando em seguida.

Quero agradecer as Igreja por onde peregrinei, o apoio que tive no exercício do meu ministério.

Por força das circunstâncias, fui obrigado a sair de entre os irmãos, para outro lugar muito distante, e pela doença da Silvanira, me vi obrigado, a me separar de tudo e de todos, contrariando a minha própria vontade; vivendo em Santa Catarina e ela no Lar Evangélico que tem toda uma estima da minha parte; ali viveu até ser chamada à glória.

Nesse ponto é que quero materializar a minha gratidão, muitos dirão do que ele está falando; outros saberão, porque me viram lá em Santa Catarina, no momento da minha necessidade, o Senhor os conduziu para me socorrer, pela intuição, pela sensibilidade e me alcançaram e me ajudaram e não foi coincidência, pois ocorreram mais de uma vez. Por isso o meu deseja em Materializar essa minha gratidão.

Não vou declinar nomes, mas estas pessoas estão entre voz e as vezes não são vistas. Deus usa quem Ele quer, quando quer, e como quer, Louvado seja Deus em sua magnitude e saber.

Laguna SC 13 de Abril 2023

Gercino M. Araujo

terça-feira, 4 de abril de 2023

Hospital Nossa Senhora da Conceição em Tubarão

De uma estrutura gigantesca, e que presta um relevante, serviço hospitalar na região e adjacente; com uma recepção, qualificada, seguido de atendentes competentes atenciosos no cumprimento de seus deveres, inerentes as funções que ocupam; fiquei maravilhado corpo de serviço, enfermeiros técnicos e todos que ocupam um cargo de frente no momento da recepção e encaminhamento a seus destinos em diferentes setores de atuação de cada um.

Em que pese o profissionalismo; pode se sentir, outros interesses que os desvia da função precípuo a de promover o bem estar dos paciente em detrimento do SISTEMA, buscando aumentar seus lucros, como manter além do necessário pessoas internadas sem comunicação direta em seus apartamentos, “pouca clareza” deixando o paciente inconformado com a situação, sem o merecido respeito.

Laguna 04/04/2023 

Gercino Maximiano de Araujo