A CELEBRAÇÃO DA
CEIA DO SENHOR. O que é destacado é a simplicidade,
seguindo o padrão dado no Novo Testamento. A cristandade tem se afastado
deste modelo, substituindo-o por grandes erros e práticas ritualistas, os quais
tem obscurecido o sentido original. A falta do devido respeito a essa
observação, também destrói o seu verdadeiro caráter – (1 Co 11:20-34). No
princípio a Ceia foi praticada pelos crentes em conjunto, como uma refeição
social, que mais tarde levou o nome de “festa de amor” – Judas 12; At 2:46, tem
referência com um costume temporário, feito necessário devido aos grandes
números de crentes, sem que houvesse uma casa disponível que comportasse a
todos. No principio para o culto, todos os crentes iam ao templo, junto com os
judeus. Bem cedo o amor mútuo dos crentes levou-o a considerar todos os seus
bens em comum; porém essa prática foi de pouca duração, e também isto não
importou na dissolução da vida familiar. Nós sabemos disso porque continuaram
com o costume de Partir o Pão de casa em casa. O aparecimento de abusos, junto
com outras ocorrências levou-os, por fim, separar a Ceia do Senhor das outras
refeições familiares e sociais – (1Co 11:34). É para se lamentar que o caráter
social do cristianismo esteja em grande parte, perdido de vista, hoje em dia. A
palavra de Deus não nos da leis regulando a celebração da Ceia, portanto há
lugar para liberdade e par o desenvolvimento da devoção e obediência cristãs.
1. O
Dia e a Hora da Ceia: A injução da Bíblia é “todas as
vezes” (1 Co 11:25,26) e não “infrequentemente” nem “quantas vezes queiram”. A
frase indica e isto exclui uma observação anual, como acontecia com a Pascoa judaica
nem mesmo três vezes por ano ou mensalmente, a injução apostólica de Atos 20:7.
Podemos concluir que era costume dos discípulos se reunirem semanalmente para o
Partir do Pão. Na ocasião mencionada em Atos 20:7, o Apóstolo Paulo havia chegado
em Troas na segunda feira embora sua viagem fosse urgente, (veja o v 16) não
convocou uma reunião especial, mas esperou pacientemente até o próximo Dia do
Senhor, e depois de se reunir com os irmãos, partiu sem mais delongas. (vs
11,13). É significante que o Nosso Senhor apareceu, primeiramente no dia da sua
ressurreição e só tornou parecer no outro “primeiro dia da semana”. Este dia é
simbólico do dia da “nova criação”, enquanto o sábado judaico olhe para traz
até a ordem da nova criação. A palavra grega “kuriakos” que quer dizer “do
Senhor” e é usada apenas duas vezes no Novo Testamento, associa à Ceia do
Senhor com. o Dia do Senhor (1 Co 11:20; Apc 1:10). Também em 1 Co 16:1,2 dá apoio
indiretamente. A palavra “ceia” não determina a hora que esta festa deve ter lugar,
porque no grego esta palavra só indica uma refeição, e não a hora da refeição.
É apropriado que a adoração e portanto a Ceia do Senhor deve ter a prioridade
em todo o serviço cristão.
2. A
distribuição dos elementos da Ceia. É digno de nota que
na Escritura que regula a ordem desta reunião seja ele presbítero, pastor ou
qualquer outra pessoa. A pretensão de certas pessoas de terem autoridade especial
para administrar os elementos é absolutamente sem base na Palavra de Deus,
também modifica inteiramente o caráter da Ceia. Nem os, próprios Apóstolos do
Senho Jesus tinham posição oficial nesta reunião, mas tomaram o seu lugar junto
aos irmãos. O versículo em At 20:14, citado erradamente, não da apoio à ideia
de um dirigente para reunião da Ceia, porque à Ceia estava terminada e o Apostolo
estava ministrando a Palavra quando foi interrompido pelo acidente que resultou
na morte de Êutico. Depois do milagre Paulo subiu de novo para a sala e tomou,
ele somente, uma ligeira refeição antes de continuar o seu discurso. A prova
disso está em que todos os verbos no original, neste versículo, estão no
singular indicando atos individuais. Os crentes que amam a Bíblia e deseja que
a sua fé e prática sejam somente nela baseada, deve resistir fortemente a usurpação
de autoridade pelos homens que se dizem clero. A Bíblia desconhece a “ordenação“
humana de “Ministros” “Pastores” “Reverendos” etc; e conhece apenas a ordenação feita pelas “mãos furada
do Senhor Jesus Cristo.
1. Regulamentos
para evitar desordens. Devido
ao elemento humano é inevitável que haja desordem, portanto o Apóstolo Paulo em
1 Co 11:17; à 14:40, trata de desordem no ajuntamento das Igrejas e dá
regulamento e dá regulamentos autorizados por Deus para a observação da Ceia do
Senhor 1 Co 11:17-34; e o uso dos dons espirituais (1Co. caps 12-14). No caps
12 temos a distribuição dos dons; no cap 13 temos a virtude que dá vida aos
dons, e no cap 14 os dons em exercício.
Apesar
do fato que o regulamento de ordem na igreja é dado primariamente devido a
questão de “línguas” e “profecias” dons que já há muito, foram retirados da
igreja, podemos discernir no cap 14 de 1 Cor, princípios básicos, os quais
governam toda a ordem na igreja de Deus.
1. Nem
todos tem que tomar parte. (v. 26). O Apostolo Paulo aqui se expressa com
ironia, em face do estado de desordem em que estava a igreja de Corinto.
2. As
mensagens tem de ser limitadas a dois ou três e cada um por sua vez. Vs 20-31.
3. A
mensagem tem de ser dada em linguagem entendida pelos ouvintes. Vs 6-11.
4. O
profeta tem de ter controle sobre seus dons, vs 32-33, enquanto que a
utilidade, conveniência e o valor do ensino são julgados por outros e não pelo
próprio pregador. v. 29.
5. O
alvo do ensino é sempre para edificação. Vs 12 e 26. Cinco palavra faladas
sobre a influência do Espirito Santo pode animar o espirito de adoração. Os
crentes não devem desperdiçar o tempo com conversas vãs e fúteis. 1 Tm. 1:3-7;
Tito 19.
6. Tudo
tem que ser feito com decência e ordem. Tanto o comportamento como a harmonia
tem de estar de acordo com a ocasião. V. 40.
Onde o Espirito do
Senhor está, ali há liberdade, porém, não há lugar para manifestações carnais. Os
que teimam em infringir a ordem divinamente ensinada, devem ser chamado a
atenção com firmeza pelos os anciãos da igreja e, se persistir em desobedecer,
então ser disciplinados. Porém quando se trata de uma pessoa zelosa, mas com
pouco entendimento das coisas de Deus, os anciãos devem corrigir e instruir tal
pessoa com paciência e bondade.
5. Preparação
do corpo e do espírito para tomar a Ceia do Senhor. Embora os excessos mencionado em 1 Co
11:27-32 talvez não sejam cometidos em nossos dias, os crentes deve considerar
esse trecho como um aviso, e evitar toda a irreverência e formalidade no
comportamento, atitude que, infelizmente se encontram as vezes , em reuniões.
Devemos distinguir entre “pessoas indignas”
tomando parte na Ceia e pessoas tomando parte na
Ceia de “maneira indignas” que é aquilo que se trata em 1 Co 11:27-32. Uma
comunhão dividida, um espirito de discórdia, pensamentos estranhos à reunião,
movimento de pessoas que perturbam a reunião, tudo é indigno e deve de ser
evitado, onde o Senhor Jesus está presente. Uma consciência carregada impede a
adoração. Portanto, todo o crente deve examinar-se a si mesmo antes de
participar e o pecado deve ser julgado, confessado, ficando o crente consequentemente
purificado (1 Jo 1:9). Doutra maneira o crente pode ser castigado pelo Senhor.
Tal juízo da parte de Cristo é temporário e não eterno. (v. 29). Se o crente
pesar bem o versículo 28 verá que tem pouca desculpa para ausentar-se da Ceia
do Senhor. Uma falta da parte de uma pessoa não tira de nós a obrigação de
lembrar a morte de nosso Salvador. Se por acaso estivermos pessoalmente
envolvidos, devemos seguir as instruções dadas em Tg 5:16; Mt 18:15 etc; e
também o principio ensinado em Mt 5:23-24. É digno de nota que o nosso Senhor
preparou seus discípulos para tomarem a Ceia, levando-lhes os pés. Este foi um
ato profundamente simbólico como veremos ao estudar com cuidado o contexto – Jo
13:1-10.
SUPERSTIÇÕES.
Como
já tem sido indicado, muitas doutrinas e práticas falsas tem sido acrescentadas
a esta reunião, que originalmente era tão simples. Os piores são:
1. Transubstanciação.
Esta doutrina da igreja Romana que foi introduzida no ano
831. A.D. ensina que no momento da consagração os elementos “são transformados
no corpo que nasceu da virgem; apena a aparência exterior permanece como era
antes”. O aspecto comemorativo da reunião é assim
transformado para o da celebração da Missa Idólatra, durante a qual na hora da
elevação da hoste, os comunicantes adoram a Cristo como se estivesse presentes
no Pão. Para citar mais “ É oferecido a Deus um sacrifício certo. Próprio e
propiciatório para os vivos e os mortos”. Um ritualismo ornato, tão atrativo à
carne acompanha esta cerimônia.
O
Crente deve comparar este ensino falso com a doutrina singela de Hb 7:27; 9:14;
10:10-14.
2.Consubstanciação. Isto é uma doutrina Luterana e data da reforma do século dezesseis.
O próximo estudo:
Consubstanciação
Gercino
Maximiano de Araujo – Presbítero Emér