segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

De Criança a Idoso

Leia com paciência; é grande

1 - “Crônica da vida” é uma história, igual a de todos os seres humanos; qualquer semelhança 

com a sua, é mera coincidência. A vida é um ato repetitivo, e ocorre initerruptamente desde que mundo existe, do nascimento ao sepultamento:

Do nascimento: em Aventureiro distrito de Aimorés MG, dentro de curto espaço de tempo que não sei precisar o quanto, ainda bebê, meus pais mudaram para Bananal distrito de Baixo Gandu, onde moramos até os meus oito anos quando viemos morar na cidade acima citada. 

Fundão do medo, a tapera do Armando, e me parece que os meus pais também moraram na tapera do Armando o engenho d’agua na fazenda e o Velho Pedro! Homem respeitado.

Em Baixo Guandu: no dia dez (10) de abril de 1943 (aniversário da cidade) a festa rolava, gente por todos os lados; eu, minha mãe, meu pai e um agregado e irmão do meu pai, entrando pela cidade puxando três burrico carregando a mudança e tudo que tínhamos, em meio aquela movimentação toda (totalmente perdidos) ainda bem que o novo patrão do meu pai, sentiu a nossa demora e foi nos resgatar no meio da multidão. 

Vila Veneno: é onde fomos morar, plantar, colher e comer, também estudar na escola das freiras (cabeça da ponte) professora Dona Aurea, mulher distinta, amorosa, pessoa de quem eu gostava muito, eu levava presentes pra ela: coisas que nós plantávamos: como a mandioca, batatas, laranjas etc. ali estudei os meus primeiros anos, até o segundo ano primário; que vitória, era um feito e eu vibrava com aquela conquista, a final eu ia estudar no “Grupo Escolar Professor José Nunes” o terceiro e quarto ano escolar, e me habilitar a cursar o “admissão” ao ginásio, e esse era o objetivo de todo aluno, que quisesse vencer na vida, a professora Virginia capacitada, brava não passava a mão na cabeça de ninguém severa e justa, na sua classe não tinha repetente ( que saudade). Religiosidade :Criado no Evangelho, batizado aos 15 anos por Geraldo Alves, Presbítero da “igreja dos Irmãos” (Casa de Oração) em Itaúna Distrito de Barra de São Francisco ES 1952 e pela graça de Deus, fui preservado firme na fé até hoje com 87 anos seis meses e me sentindo como se estivesse só 87 bom isso; ainda na adolescência, reunindo na Igreja Presbiteriana em Baixo Guandu; pois a igreja dos irmãos ficava em Aimorés MG distava aproximadamente 10 Quilômetros de onde nós morávamos, dizendo isso hoje não seria longe mas em se tratando dos anos 40 era muito longe. Tentando ter em nossa cidade um trabalho nos moldes das demais igrejas “dos irmãos”. Houve-se por bem criar um trabalho em Baixo Guandu, foi na casa do meu avô Pedro Lino; ali ficamos até adquirir um terreno próximo a ponte de Mauá, ali construímos O Templo da igreja dos irmãos, trabalho firmado por Deus até hoje (vale dizer que eu tinha doze anos e fui o primeiro secretário da EBD da Igreja do Movimento dos Irmãos naquela cidade; permaneci ali até os meus 15anos, quando meus pais mudaram para Barra de São Francisco ES.. Barra de São Francisco – Na Igreja fui batizado; na sociedade, fui sapateiro até completar a idade de servir o exército, ocasião em que sai de B.S. Francisco para Vitoria ES. 

2 - Chegada espetaculosa: caipira metido a besta; na estação de Pedro Nolasco; a primeira gafe, no lugar de pegar um taxi e ir pro hotel, veja só; resolvi atravessar a ponte a pé! Só que não, não era ponte e sim um dique de embarque para atravessar a Bahia nos botes; não deu outra; cai no mar e foi um Deus nos acuda, um corre e corre, cerca daqui cerca de lá, ele vai afogar, não deixe ele morrer, até que fui resgatado, perdi minha maleta de roupa mas fui ser soldado do Exército Brasileiro; eu estava no exército 3º BC Terceiro Batalhão de Caçadores, um ano se passou, agora mais escolado, afinal eu estava dando baixa, um pouco mais de bagagem; não dizem que experiência e tudo? 

“Casas Tigre” início da autonomia para enfrentar o mundo: locutor publicitário, exclusivo das Casas Tigre; eu e Geraldinho rodando as cidades vizinhas anunciando, as novidades do estabelecimento; dos anos 60-62, Mantena estava na minha rota de trabalho, foi lá que conheci aquela que seria minha companheira, e tivemos sessenta e dois anos de vida conjugal. Até que a morte nos separou no último dia 21 de março de 2023, quando o Senhor a chamou para sua Gloria. 

Fui contratado pelas Casas Pernambucanas, estabelecimento de âmbito nacional, ali fiquei até 1969 sediado em Colatina ES. Onde residi por nove (9) anos, ali nasceram meus dois filhos (as) 1963/66; por quem trabalhei toda minha vida, e ainda hoje (oro) já que fisicamente não posso ajudá-lo, mas sou torcedor número um; provi, e protegi enquanto pude, hoje eles é que me protege e cuidam de mim: que benção! 

Rio de Janeiro – Sem moradia, a casa prometida não ficou pronta pra nós, na data marcada, o que ocasionou um perrengue; e nós: eu, minha esposa e meus dois filhos, e bagagem ficamos na rua, enquanto descobria algum amigo que morasse no Rio de Janeiro, e que pudesse nos abrigar por uns dias, nessa busca lembramos do Irmão Gerson Valentim,, vindo de Baixo Guandu e se instalou em Padre Miguel, e nos abrigou por três dias, nos quais víamos os depósito de armas muito próximo; ficamos tomados de medo, em face do entra e sai, pra apanhar e deixar armas; ai encontramos o irmão da minha esposa morando em um quarto na Ilha do Governador, e fomos abrigado nesse quarto éramos cinco em um quartinho (da pra pensar)?. Em meio a tudo isso; a prometida casa ficou pronta em São João de Miriti; uma vez liberada, lá vamos nós enfim pra nossa casa eu, minha esposa, arrastando dois filhos, quatro e dois anos; tomamos posse da casa minha filha engatinhando pela casa, no final do dia só víamos os seus lindos olhinhos no rosto, o corpo sujo do vermelhão que passaram no piso; casa vazia, os móveis não chegaram, não tinha fogão como fazer? Fomos as compras um fogareiro, uma panela e uma chaleira; e vamos fazer uma comida de cada vez numa panela fizemos tudo isso de pé nas costas (batalho terrível) mas éramos jovens. Enfim; me apresentei á empresa para minhas novas funções. 

Niterói minha nova sede; atendendo mais sete (7) lojas no interior do Estado e duas (2) na cidade de Niterói, isto até dezembro de 1969, quando foi extinto o departamento no qual eu trabalhava; estava desempregado. Em 1970 iniciei minhas atividades, na empresa de Ônibus Auto Viação 1001 passando por outras empresas do transporte coletivo até 1988 quando aposentei e permaneci trabalhando até 1990 na Turismo Três Amigos com sede em São João de Miriti RJ 

Do Jardim Catarina para o Laranjal – comprei um terreno no Laranjal, (diga-se de passagem, que não havia um pé de laranja se quer para justificar o nome); com dinheiro oriundo da venda de uma casa em Colatina ES, e construí um barraco para abrigar minha família; e ali me instalei até o dia que pela circunstância vim parar em Laguna SC.

 4 - Laranjal, onde criei minha família; grande parte da minha vida morando naquele bairro de São Gonçalo RJ, na rua Itatiaia; com todas as dificuldades inerentes a um casal recém chegado a um lugar desconhecido. Episódios marcante em minha vida: um belo dia de 1970 poucos dias morando no laranjal; indo para o trabalho fui atropelado por desconhecido e fui para o hospital onde fiquei 10 dias; recuperado desse trauma, voltei a trabalhar; no dia 24 de dezembro de1975, chegando de uma viagem São Paulo x Rio com 40 cruzeiros no bolso pra comprar os presentes dos meus filhos, as 20 horas, dois elementos me abordaram anunciando um assalto; nesse momento tive a insanidade de enfrentá-los e deu certo os elementos evadiram não sem antes atirar em mim, fui salvo por 4 pratinhas de dez centavos que estava no bolsinho da frente, que desviou as balas da direção da virilha. Isso me preocupou, comecei a pensar no filho adolescente, pensando ser ele o alvo da vingança dos marginais, passei a pensar na exposição do meu filho e vendi a casa, mas quis Deus que eu ficasse no Laranjal. Comprei um terreno do meu cunhado Laerte e construí outra casa no mesmo bairro e lá fiquei de 1 abril 1976 até o início de 2023 quando mudei para Laguna SC.

O final desta história, vai acontecer aqui; porque quis Deus que eu passasse, pelo desconhecido aumentando a minha experiência com Ele; espero ser útil para alguém mesmo não sabendo quem.

Gercino Maximiano de Araujo


Comentário Bíblico do Sermão A criança e o imperador.

 Lucas 2:1-7

I. "Aconteceu naqueles dias, que saiu um decreto de César Augusto, que todo o mundo deveria ser tributado." No sentido original dessas palavras, elas expressam o fato de que foi pela vasta rede, por assim dizer, do Governo Imperial de Roma, chegando a todos os cantos do Império, que a humilde família de Nazaré foi retirada de sua casa. nas colinas da Galileia até o local de nascimento, ou cidade, de Davi em Belém.

Mas há uma marcha solene e uma ondulação nas palavras, que lhes dão um alcance cada vez mais amplo. Não foi sem razão que, nas eras anteriores, esta porção das Escrituras era lida publicamente nas igrejas no dia de Natal, por reis e imperadores. Sentiu-se verdadeiramente que as palavras despertaram o sentido dos grandes personagens e acontecimentos históricos em meio aos quais nasceu o cristianismo. Eles nos deram um fio, leve em si mesmo, mas formando parte de um vasto tecido que ligava o berço de Belém, o nascimento, o crescimento do Cristianismo, ao redor do trono do César imperial.

II. Nascido sob o império, não havia em Jesus Cristo nada imperial, exceto a grandeza de Seu nascimento. Nascido sob o domínio romano, não havia nada nele romano, exceto o domínio mundial de Seu Espírito. Nascido no primeiro século, Ele pertence mais ao pleno desenvolvimento do século dezenove do que às imperfeições do primeiro. Este, então, é o duplo princípio do qual o evento do dia de Natal é o exemplo mais notável; as circunstâncias externas são alguma coisa, mas não são tudo.

A vida interior é o essencial; mas, para seu crescimento bem-sucedido, precisa de circunstâncias externas. O elemento principal da fundação, a principal garantia para o progresso futuro do Cristianismo, era o caráter, o caráter pessoal, de seu Fundador. Se Cristo tivesse sido diferente de Ele, teria sido um mero espectro ou fantasma, embora Divino, tal como Ele é representado em alguns sistemas bem conhecidos, sem afeição humana, ou palavras persuasivas, ou ações enérgicas, ou vontade restritiva, o curso do império teria rolado em seu caminho, e seu lugar na história e no coração dos homens teria sido desconhecido.

Mas sendo o que Ele era a personificação da bondade e da verdade, contendo dentro de Si todos aqueles elementos de caráter que conquistam, convencem e estimulam a humanidade. Sua religião, na medida em que foi derivada de Si mesmo, tornou-se onipresente e abrangente.

Gercino


terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Saul inimigo de Davi

I SAMUEL 18 – Quem ignora viver com Deus, tem raiva de quem anda e é abençoado por Ele. Que outra explicação há para o ódio mortal do rei Saul para com o menino Davi?

• Uma bela amizade que serve de inspiração para todos os amigos: Davi e Jônatas (vs. 1-4);

• Uma inveja demoníaca da parte de um rei para com um menino: Saul e Davi (vs. 5-16);

• Uma vil traição de um sogro para com o noivo de sua filha: Saul, Davi, Merabe e Mical (vs. 17-30).

Jônatas era herdeiro do trono de Saul por ser seu filho. Porém, ele abdicou dessa herança ao oferecer sua capa a seu amigo Davi – nenhum filho de pai depravado está destinado a viver a mesma miséria de caráter e loucura de seu pai.

Saul tentou assassinar Davi de várias formas porque estava possuído de inveja:

1. Duas vezes, o próprio rei quase o matou;

2. Nomeou-o como chefe de 1000 soldados, esperando que, na dianteira, Davi seria atingido e morto;

3. Ofereceu sua filha mais velha, Merabe, a quem conquistasse mais vitórias, esperando que Davi morresse logo;

4. O amor de Mical por Davi fez Saul concordar com o casamento; mas, o dote seria 100 prepúcios de inimigos fariseus – Davi aceitou o desafio, trouxe o dobro: 200 prepúcios!

Davi tornou-se genro de seu inimigo, Saul. E, quanto mais sucesso ele obtinha, mais crescia a raiva e o ódio do sogro para com o genro.

A psiquiatria sugere que Saul talvez sofresse de uma grave doença mental, como a esquizofrenia, que assim explicaria seu comportamento errático. De modo nenhum isso reduziria a sua responsabilidade, pois a doença de Saul veio como resultado de sua incredulidade ter sido condenada por Deus” (Merril F. Unger).

Reflita:

• Nossos desvios de condutas podem ter explicações científicas/médicas, mas não justificativa perante Deus.

• Nossas loucuras podem ser doenças, mas procedem de nosso afastamento de Deus.

• Inveja, raiva, ódio, ciúmes resultam em atitudes que revelam que a pessoa está sendo regida pelos poderes do inferno.

• “A inveja é filha do orgulho, e, se é entretida no coração, determinará o ódio, e finalmente a vingança e o assassínio

O Salmo 11 expressa a confiança do salmista em Deus. O estudo bíblico do Salmo 11 deixa claro que o Senhor é forte refúgio para o seu povo. Nele há poder mais do que suficiente para guardar a todos aqueles que buscam o seu auxílio.

O título do Salmo 11 revela que o seu autor foi o rei Davi. O mesmo título ainda indica que o salmo deveria chegar ao cantor-mor, para provavelmente ser usado na adoração pública em Israel. Considerando o conteúdo do salmo, parece que Davi o escreveu durante um tempo de dificuldades e ameaças.

Mensagem Principal

O esboço do Salmo 11 pode ser organizado da seguinte forma:

O conselho guiado pelo desespero (Salmo 11:1-3).

O conselho guiado pela fé (Salmo 11:4-7).

O conselho guiado pelo desespero (Salmo 11:1-3)

O Salmo 11 começa com uma declaração enfática acerca da confiabilidade de Deus: “No Senhor me refugio” (Salmo 11:1). Os crentes perseguidos sabem muito bem que o Senhor é o único refúgio seguro para eles.

Com essa frase o salmista Davi começa sua resposta a um conselho orientado pela voz do desespero. Os conselheiros de Davi, embora fossem bem intencionados, lhe deram um conselho fundamentado no ponto de vista humano.

Diante da crise, eles aconselharam Davi a fugir e a se esconder dos inimigos que estavam tramando contra sua vida. Isso fica claro nas seguintes palavras: “Como dizeis, pois, à minha alma: Foge, como pássaro, para o teu monte? Porque eis aí os ímpios, armam o arco, dispõem a sua flecha na corda, para, às ocultas, dispararem contra os retos de coração” (Salmo 11:1,2).

O que fica claro é que o rei Davi estava sendo aconselhado a buscar refúgio em algum lugar que fosse humanamente seguro, em vez de buscar refúgio em Deus. Os conselheiros de Davi também avaliaram que nenhum esforço valeria a pena naquele cenário de instabilidade, porque a ordem estava arruinada. Por isso disseram: “Destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” (Salmo 11:3).

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O conselho guiado pela fé (Salmo 11:4-7)

Na sequência do Salmo 11 Davi aponta para a soberania de Deus. Ele mostra ter ciência de que o trono que governa o universo não está vazio. O Soberano Rei exerce controle sobre tudo e todos. Coisa nenhuma escapa à sua atenção, pois seus olhos estão atentos e sondam os homens (Salmo 11:4). Citando as mesmas palavras iniciais de Davi, o profeta Habacuque conclui que diante da soberania de Deus, toda a terra deve se calar (Habacuque 2:20).

Depois, o salmista confirma o ensino das Escrituras de que o Senhor, embora seja transcendente, avalia todos os homens. Sim, de forma transcendente, no trono do Céu, Ele governa o universo, mas de forma imanente Ele prova tanto os justos como os ímpios na terra, e não tolera a maldade (Salmo 11:5).

Então a parte final do Salmo 11 traz uma reflexão acerca do inviolável juízo de Deus. O salmista diz que o Senhor “fará chover sobre os perversos brasas de fogo e enxofre” (Salmo 11:6). Essas palavras formam uma nítida descrição do dia do juízo onde o mal será destruído. Inclusive, essas palavras relembram o juízo que foi derramado contra Sodoma e Gomorra (Gênesis 19:24).

Ainda no mesmo verso 6, o salmista diz: “e vento abrasador será a parte do seu cálice”. A Bíblia usa a figura do cálice tanto para falar da bênção divina quanto para falar da ira divina. Os crentes genuínos tomam do cálice da bênção de Deus, pois Cristo tomou no lugar deles o cálice da ira divina. Mas os ímpios, por outro lado, rejeitam a obra da redenção. Então chegará o dia em que eles inescapavelmente tomarão do cálice da ira de Deus.

Por fim, o salmista Davi conclui o Salmo 11 louvando a justiça de Deus e declarando que os retos contemplarão a face d’Aquele que é absolutamente justo (Salmo 11:7). Obviamente essa é uma declaração escatológica que alcançará o seu cumprimento pleno na consumação dos séculos. Apesar de já agora Deus fazer conhecida sua presença no meio do seu povo, no dia do retorno de Cristo os redimidos poderão contemplar a sua face. É por tudo isto que o salmista realmente podia enfaticamente declarar: “No Senhor me refugio” (Salmo 11:1). Gercino M.Araujo


domingo, 8 de dezembro de 2024

Superioridade do amor sobre todos os dons


1 Ainda que eu falasse as línguas dos seres humanos e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa, ou como o sino que retine.

Comentário de A. R. Fausset

línguas – destes ascende a “profecia” (); então, para “fé”; depois, as boas e abnegadas ações: um clímax.

falasse as línguas – com a eloquência que era muito admirada em Corinto (por exemplo, Apolo, ; compare ), e com o domínio de várias línguas, que alguns em Corinto abusaram para fins de mera ostentação (, etc.).

dos anjos – superior aos homens e, portanto, deve-se supor, falando uma linguagem mais exaltada.

amor – a base dos ordinários e mais importantes dons do Espírito, em contraste com os dons extraordinários ().

metal que soa – som sem alma ou sentimento: tais são “línguas” sem amor.

sino – ou címbalo, dois tipos são identificados (), o alto ou o claro, e o de alta sonoridade: címbalos de mão e os de dedo, ou castanholas. O som é agudo e penetrante. [Jamieson; Fausset; Brown]

2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e soubesse todos os mistérios, e todo o conhecimento; e ainda que tivesse toda a fé, de tal maneira que movesse os montes de lugar, e não tivesse amor, nada seria.

Comentário de A. R. Fausset

mistérios – (). Os mistérios se referem aos profundos conselhos de Deus até então secretos, mas agora revelados a Seus santos.

movesse os montes – (). O poder prático da vontade elevado pela fé (Neander); confiança em Deus que o resultado milagroso certamente seguirá o exercício da vontade no secreto impulso de Seu Espírito. Sem “amor”, profecia, conhecimento e fé, não são o que parecem (compare ; compare com ), e assim falham da recompensa celestial (). Assim, Paulo, que ensina a justificação pela fé somente (), mostra concordar com Tiago, que ensina (“pelas obras” (isto é, por AMOR, que é o “espírito” da fé, ) que um homem é justificado, “e não somente pela fé”. [Jamieson; Fausset; Brown]

3 E ainda que eu distribuísse todos os meus bens para alimentar aos pobres, e ainda que entregasse meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada me aproveitaria.

Comentário de A. R. Fausset

meus bens para alimentar aos pobres – uma das mais altas atitudes de “ajuda” ().

entregasse meu corpo para ser queimado – literalmente, “a tal ponto que eu deveria ser queimado”. Como os três jovens fizeram (), “renderam seus corpos” (compare ). Essas são as mais nobres exemplificações do amor em dar e em sofrer. No entanto, eles podem estar sem amor. Nesse caso, os “bens” e “corpo” são dados, mas não a alma, que é a esfera do amor. Sem a alma, Deus rejeita tudo o mais, e assim rejeita o homem, que é, portanto, “aproveitado” nada (). Os homens lutarão pelo cristianismo e morrerão pelo cristianismo, mas não viverão em seu espírito, que é o amor. [Jamieson; Fausset; Brown]

4 O amor é paciente, é bondoso; o amor não é invejoso; o amor não é orgulhoso, não é arrogante.

5 O amor não trata mal; não busca os próprios interesses, não se ira, não é rancoroso.

6 Não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.

Comentário de A. R. Fausset

se alegra com a verdade – Não se alegra com a perpetração de iniquidade (injustiça) por outros (compare ), mas se alegra quando a verdade se alegra; simpatiza com ela em seus triunfos (). Veja o oposto (): “Opõem à verdade”. Assim, “a verdade” e “injustiça” são contrastadas (). “A verdade” é a verdade do Evangelho, o aliado inseparável do amor (). A falsa caridade que compromete “a verdade”, encobrindo a “iniquidade” ou a injustiça, é assim implicitamente condenada (). [Jamieson; Fausset; Brown]

7 Tudo aguenta, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

8 O amor nunca falha. Porém as profecias serão aniquiladas; as línguas acabarão, e o conhecimento será aniquilado.

9 Porque em parte conhecemos, e em parte profetizamos;

em parte – parcialmente e imperfeitamente. Compare um contraste similar ao “homem perfeito”“a medida da estatura da plenitude de Cristo” ().

10 Mas quando vier o que é completo, Ou: perfeito então o que é em parte será aniquilado.

11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; mas quando me tornei homem, aniquilei as coisas de menino.

12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei assim como sou conhecido.

13 E agora continuam a fé, a esperança, e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.