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Dentre os acontecimentos que marcaram época em toda a Bíblia, talvez a marca da besta seja excitante, o que mais tem suscitado especulações e argumentações ridículas e bombásticas. Cristãos e não-cristãos debatem o significado de seu valor numérico. Mas o que diz, realmente, o texto bíblico?
Pela primeira e única vez na história, as pessoas terão uma data limite para aceitarem o Evangelho. Por enquanto, todos podem aceitar ou rejeitar essa mensagem em diferentes momentos da vida; alguns o fazem na infância, outros no início da fase adulta, outros na meia-idade, e alguns até na velhice.
O Dr. Robert Thomas comenta que essa
construção retórica "abrange todas as pessoas, de todas as classes
sociais, [...] ordenadas segundo sua condição financeira, [...] abrangendo
todas as categorias culturais [...]. As três expressões são um recurso
estilístico que traduz universalidade".[1] A Escritura é muito específica.
O falso profeta vai exigir uma "marca" em sinal de lealdade e devoção
à besta, e essa marca será "sobre a mão direita" – não a esquerda –
"ou sobre a fronte" (Ap 13.16).
A marca deve ser algum tipo de tatuagem ou estigma, semelhante às que recebiam os soldados, escravos e devotos dos templos na época de João. Na Ásia Menor, os seguidores das religiões pagãs tinham prazer em exibir essas tatuagens para mostrar que serviam a um determinado deus. No Egito, Ptolomeu IV Filopátor (221-203 a.C.) marcava com o desenho de uma folha de trevo os judeus que se submetiam ao cadastramento, simbolizando a servidão ao deus Dionísio (cf. 3 Macabeus 2.29). Esse significado lembra a antiga prática de usar marcas para tornar pública a fé religiosa do seu portador (cf. Isaías 44.5), e também a prática de marcar os escravos a fogo com o nome ou símbolo de seu proprietário (cf. Gl 6.17). O termo charagma ("marca") também era usado para designar as imagens ou nomes dos imperadores, cunhadas nas moedas romanas e, portanto, poderia muito bem aplicar-se ao emblema da besta colocado sobre as pessoas.[2]
Além de servir como indicador visível da devoção
ao Anticristo, a marca será a identificação obrigatória em qualquer transação
comercial na última metade da Tribulação (Ap 13.17). Este sempre foi o sonho de
todos os tiranos da história – exercer um controle tão absoluto sobre seus
vassalos a ponto de decidir quem pode comprar e quem pode vender. O historiador
Sir William Ramsay comenta que Domiciano, imperador romano no primeiro século,
"levou a teoria da divindade Imperial ao extremo e encorajou ao máximo a
‘delação’; [...] de modo que, de uma forma ou de outra, cada habitante das
províncias da Ásia precisava demonstrar sua lealdade de modo claro e visível,
ou então era imediatamente denunciado e ficava impossibilitado de participar da
vida social e de exercer seu ofício".[4] No futuro, o Anticristo
aperfeiçoará esse sistema com o auxílio da moderna tecnologia.
Nesse ponto da profecia (Ap 13.18), o
apóstolo João interrompe momentaneamente a narrativa da visão profética e passa
a ensinar a seus leitores a maneira correta de interpretar o que havia dito.
Uma leitura do Apocalipse demonstra claramente que os maus não entenderão o
significado, porque rejeitaram a Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Por outro
lado, os demais que estiverem atravessando a Tribulação receberão sabedoria e
entendimento para que possam discernir quem é o Anticristo e recusar a sua
marca. A Bíblia deixa claro que aqueles que receberem a marca da besta não
poderão ser salvos (Ap 14.9-11; 16.2; 19.20; 20.4) e passarão a eternidade no
lago de fogo. O fato de João usar essa passagem crucial para transmitir
sabedoria e entendimento aos crentes, com relação a um assunto de consequências eternas, mostra que Deus proverá o conhecimento necessário para que o Seu povo
possa segui-lO fielmente.
Muitos têm tentado descobrir a identidade do
Anticristo através de cálculos numéricos. Isso é pura perda de tempo. A lista
telefônica está cheia de nomes que poderiam ser a solução do enigma, mas a
sabedoria para "calcular" o nome não é para ser aplicada agora, pois
isso seria colocar a carroça adiante dos bois. Esse conhecimento é para ser
usado pelos crentes durante a Tribulação.
Como apontamos acima, o Apocalipse não deixa
dúvida de que durante a Tribulação todos os crentes saberão que receber a marca
da besta será o mesmo que rejeitar a Cristo. Durante a Tribulação, todos os
cristãos terão plena consciência disso onde quer que estejam. Nenhuma das
hipóteses levantadas no passado, ou que venham a ser propostas antes da
Tribulação, merece crédito.
Muitos têm feito as mais variadas hipóteses
sobre a marca da besta. Alguns dizem que ela será como o código de barras
utilizado para identificação universal de produtos. Outros imaginam que seja um
chip implantado sob a pele, ou uma marca invisível que possa ser lida por um
scanner. Contudo, essas conjeturas não estão de acordo com o que a Bíblia diz.
o número 666, não uma representação
uma marca, como uma tatuagem
visível a olho nu
sobre a pele, e não dentro da pele
facilmente reconhecível, e não duvidosa
recebida de forma voluntária; portanto, as
pessoas não serão ludibriadas para recebê-la involuntariamente
usada após o Arrebatamento, e não antes
usada na segunda metade da Tribulação
necessária para comprar e vender
recebida universalmente por todos os
não-cristãos, mas rejeitada pelos cristãos
uma demonstração de adoração e lealdade ao
Anticristo
promovida pelo falso profeta
uma opção que selará o destino de todos os
que a receberem, levando-os ao castigo eterno no lago de fogo.
Talvez na história ou na Bíblia nenhum outro
número tenha atraído tanto a atenção de cristãos e não-cristãos quanto o
"666". Até mesmo os que ignoram totalmente os planos de Deus para o
futuro, conforme a revelação bíblica, sabem que esse número tem um significado
importante. Escritores religiosos ou seculares, cineastas, artistas e críticos
de arte fazem menção, exibem ou discorrem a respeito dele. Ele tem sido usado e
abusado por evangélicos e por membros de todos os credos, tendo sido objeto de
muita especulação inútil. Frequentemente, pessoas que se dedicam com
sinceridade ao estudo da profecia bíblica associam esse número à tecnologia
disponível em sua época, com o intuito de demonstrar a relevância de sua
interpretação. Mas, fazer isso é colocar "a carroça na frente dos
bois", pois a profecia e a Bíblia não ganham credibilidade ou legitimidade
em função da cultura ou da tecnologia.
O fato da sociedade do futuro não utilizar
mais o dinheiro vivo será usado pelo Anticristo. Entretanto, seja qual for o
meio de troca substituto, ele não será a marca do 666. A tecnologia disponível
na época da ascensão do Anticristo será aplicada com propósitos malignos. Ela
será empregada, juntamente com a marca, para controlar o comércio (como afirma
Apocalipse 13.17). Sendo assim, é possível que se usem implantes de chips,
tecnologias de escaneamento de imagens e biometria para implementar a sociedade
a monetária do Anticristo, como um meio de implantar a política que impedirá
qualquer pessoa de comprar ou vender se não tiver a marca da besta. O avanço da
tecnologia é mais um dos aspectos que mostram que o cenário para a ascensão do
Anticristo está sendo preparado. Maranata!
Robert L. Thomas, Revelation 8-22: An Exegetical Commentary (Chicago:
Moody Press, 1995), pp. 179-80.
Thomas, Revelation 8-22, p. 181.
Thomas, Revelation 8-22, p. 181.
Sir William Ramsay, The Letters to the Seven Churches (New York: A. C.
Armstrong & Son, 1904), p. 107.
Thomas, Revelation 8-22, p. 182.
Thomas, Revelation 8-22, p. 185
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